Neste sábado, 16 de janeiro, a Itália anunciou que decidiu suspender os voos oriundos do Brasil, em virtude da uma nova cepa do coronavírus. O ministro da Saúde do país, Roberto Speranza, afirmou que qualquer pessoa que tenha transitado pelo território brasileiro nos últimos 14 dias também estará proibida de entrar.

Speranza ressaltou que quem chegar à Itália vindo do Brasil será obrigado a fazer um teste para detectar o vírus.

“É fundamental que nossos cientistas estudem a nova cepa. Nesse ínterim, estamos tomando uma abordagem muito cautelosa”, pontuou o ministro por meio das redes sociais.

Ao longo da semana, mais especificamente na quinta-feira, 14 de janeiro, o Reino Unido já havia decidido barrar viajantes não só do Brasil, mas também de Portugal e de outros 14 países, também função da nova variante da doença. A medida, inclusive, passou a valer um dia depois, na sexta-feira, 15 de janeiro.

Preocupação
Desde que a primeira versão do Sars-Cov-2 apareceu na China, no final de 2019, os cientistas já listaram, aproximadamente, 800 variantes em todo o mundo. No entanto, três delas ganharam atenção especial: as que foram identificadas na África do Sul, no Reino Unido e no Brasil (Amazonas).

A nota técnica divulgada pela Fiocruz do Amazonas, aponta que a evolução partiu de uma linhagem que circulava no estado desde abril de 2020. Porém, uma rápida taxa de mutação foi detectada entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano.

De acordo com os cientistas, a preocupação é que a variante do Amazonas tem mutações parecidas com as encontradas nas outras duas, justamente nas espículas, ou spikes, a “chave” que o vírus usa para entrar nas células.

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