Nesta terça-feira (14), um artigo publicado pela revista “New England Journal of Medicine”, informou que a possível vacina contra o novo coronavírus (Covid-19), desenvolvida pelo laboratório norte-americano Moderna, se mostrou segura e eficaz. De acordo com o estudo, a imunização produziu anticorpos em 45 voluntários que recebram doses da substância.

O artigo destaca ainda que nenhuma das pessoas que recebeu a vacina apresentou um efeito colateral grave, no entanto, mais da metade disse ter apresentado reações leves ou moderadas, a exemplo de dor de cabeça, fadiga, calafrios, dores musculares, além de dor no local da aplicação.

Segundo o estudo, a maior parte das queixas foi oriunda de pacientes que receberam duas doses da possível imunização, em sua concentração mais alta.

Balanço

Por conta do agravamento da crise sanitária provocada pela pandemia da Covid-19, a farmacêutica recebeu autorização do governo norte-americano para acelerar o processo de pesquisa, desde que sejam mantidos os padrões de segurança, bem como a sequência das pesquisas.

Esses resultados apresentados na publicação científica, dizem respeito a fase 1 dos testes em humanos. A segunda fase dos estudos teve início em maio, ou seja, antes mesmo da conclusão dos resultados da primeira terem sido publicados.

Agora, os pesquisadores aguardam iniciar a terceira e última fase de testes, prevista ainda neste mês de julho.

Sendo valido destacar que, até o momento, não existe ainda nenhuma vacina ou tratamento oficialmente aprovados contra oa infecção causada pelo novo coronavírus.

Para chegar a uma vacina efetiva e segura, os pesquisadores precisam percorrer diversas etapas, visando testar a resposta imune em humanos.

Primeiro há uma fase exploratória, com pesquisa e identificação de moléculas promissoras (antígenos). O segundo momento é de fase pré-clínica, em que ocorre a validação da vacina em organismos vivos, usando animais (ratos, por exemplo). Só então é chegada à fase clínica, em humanos, dividida em mais três fases de testes.

Avanço

Das 23 vacinas, candidatas à gerarem uma imunização contra a Covid-19, já na fase clínica, apenas duas aparecem em estágio mais avançado, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

As duas são testadas no Brasil: a ChAdOx1 (desenvolvida pela Universidade de Oxford) e a Astrazeneca e a Coronavac (do laboratório chinês Sinovac).

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