De acordo com um balanço divulgado pela agência France Presse (AFP), pelo menos, 2,8 bilhões de pessoas ( 1/3 da população mundial) estão vivendo atualmente sob algum tipo de medida que restringe a circulação e a troca de contato físico, em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a circulação do vírus pelo mundo apresenta taxas extremamente aceleradas: em apenas dois dias, foram registrados 100 mil novos casos de infecção pela Covid-19. Com isso, cada vez mais a agência especializada em saúde recomenda que os países tomem medidas drásticas que favoreçam e estimulem o distanciamento social, apesar do significativo custo econômico que tal medida implica.
Na quarta-feira (25), durante uma entrevista coletiva, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus declarou: “Sem ação agressiva em todos os países, milhões poderão morrer”.
Isolamento
As regras de isolamento variam de país para país e visam diminuir o tempo de transmissão do vírus de pessoa a pessoa, dando as autoridades tempo para equipar e fortalecer seus respectivos sistemas de saúde com equipamentos, expansão de leitos, construção de hospitais e contratação de profissionais de saúde, por exemplo.
Em linhas mais amplas, o modelo de isolamento social depende do grau de disseminação da doença, do contexto político e do alinhamento com as orientações propagadas pela OMS.
As medidas, geralmente, começam com limitações de aglomerações, suspensão de aulas, a exemplo do que é vivido presentemente no Brasil. Em seguida, elas podem avançar com restrições na circulação e, nos casos mais extremos, preveem até toque de recolher e multa a quem sair de casa, como já acontece na Itália e na Espanha, países europeus com os maiores registros de mortes provocadas pela doença.
Casos no Brasil
Ainda nesta sexta-feira, por volta das 18h10, o Governo do Estado divulgou o novo boletim epidemiológico que informa a confirmação de 123 casos de infecção pelo novo coronavírus (Covid-19) na Bahia. Os números representam 3% do total de casos notificados.
O boletim destaca ainda que, até o momento, outros 1.240 casos suspeitos foram descartados, e o estado segue sem óbitos pela doença.