Nesta quinta-feira (28) o prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins, comentou sobre a situação do município, com relação a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Durante uma entrevista coletiva, o gestor assegurou que a cidade está “segura” e apontou os números do combate à pandemia.

“Índice de letalidade em Feira de Santana é de 2,04%, atrás de Vitória da Conquista, Ilhéus, Salvador, Itabuna, Jequié e Ipiaú, municípios com maior incidência de casos. Em relação a pacientes curados, tem 35,15% de recuperados. Estado tem 34,17%”, iniciou o alcaide.

“Feira de Santana está segura, o tratamento está correto, a forma de atuação está totalmente adequada. Todos os níveis, inclusive de letalidade, estão abaixo de outros municípios do estado. Estamos fazendo o que é correto dentro da perspectiva de crescimento de casos no Nordeste como um todo, na Bahia, interiorização da epidemia. Temos certeza que estamos fazendo o que é correto. Em Feira de Santana, os níveis de internamento estão muito aquém dos níveis de outros municípios, inclusive do nível médio da Bahia”, completou Colbert.

Atualmente, a cidade tem mais de 400 casos confirmados do novo coronavírus e chegou a registrar, nos últimos dias, um aumento significativo na taxa de crescimento das infecção pela doença. Inclusive, a situação é vista com preocupação pelo governador da Bahia, Rui Costa (PT). Na quarta-feira (27), em uma live nas redes sociais, o estadista falou em “sinal vermelho” para a “princesinha do sertão”.

“Diria que de todas as dez maiores cidades com casos, hoje é a que mais nos preocupa. Dia 22 era 248. Hoje é 408. Feira de Santana não é mais sinal amarelo, mas sinal vermelho que está aceso. É preciso aumentar a restrição de convívio social. Precisa aumentar isolamento urgente. Se continuar, vai ter explosão de casos nos próximos dias. É hoje o município com maior taxa de crescimento nos últimos cinco dias. É preocupante a situação de Feira”, revelou Rui na ocasião.

Em relação ao “sinal vermelho” salientado por Rui, o prefeito de Feira de Santana disse que já tem trabalhado com esse alerta há mais tempo na cidade.

“Não ligou sinal vermelho agora. Nós ligamos sinal vermelho dia 6 de março, quando começamos a atuar todos os dias. O governo do estado não começou a atuar em 6 de março. Aí ligamos o sinal vermelho de alerta, prevenção, trabalho. Feira ligou sinal vermelho há muito tempo, para que nós tivéssemos a situação que temos hoje. Não precisa ninguém ligar sinal vermelho para a gente. A gente sabe o que faz. Continuaremos na linha do que precisa ser feito. Se precisar mudar de estratégia, não há dificuldade”, afirmou.

Hospital

Colbert Martin também destacou a possibilidade de entrega de um segundo hospital de campanha na cidade.

Neste momento, Feira de Santana tem o Hospital Mater Dei (que ainda não tem previsão de ser entregue), como unidade de campanha para atender exclusivamente casos do novo coronavírus.

“Estamos concluindo e entregando o hospital Mater Dei. Quando for concluído, estaremos prontos para avaliar outra necessidade. No momento, ainda aguardaremos que o hospital de campanha funcione para avaliarmos essa segunda opção”.

Segundo Colbert, os 50 leitos clínicos e os 10 leitos de UTI previstos para o Mater Dei vão ser suficientes para atender à população de Feira de Santana.

“Acreditamos que os 50 leitos clínicos e 10 de UTI vão ser suficientes para atender às pessoas de Feira de Santana. É importante dizer claramente que é um hospital para atendimento de pessoas de Feira de Santana. Se for necessária ampliação de leitos, estamos prontos para isso. A maior parte das pessoas internadas em Feira de Santana estão em clínicas privadas e não em áreas públicas”.

Ademais, o prefeito descartou a possibilidade de decretar lockdown na cidade.

“Fechar é sempre uma situação complexa e difícil. Uma cidade desse tipo, com essa quantidade de estradas, não é fácil. O que estamos avaliando é, no momento adequado, tomar uma atitude de maior restrição. De qualquer forma, não é o prefeito quem vai decidir. Temos que ouvir uma pessoa da Vigilância Epidemiológica a Infectologia e ter todo critério técnico para tomar atitude dessa”, findou.

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