Depois de promover o suposto tratamento precoce como principal ferramenta de combate à pandemia, o Ministério da Saúde admitiu que os medicamentos que compõe o “kit Covid” não têm eficácia contra a doença. A constatação foi feita pela pasta em documentos enviados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.

“Alguns medicamentos foram testados e não mostraram benefícios clínicos na população de pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados, sendo eles: hidroxicloroquina ou cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, colchicina e plasma convalescente”, é dito em texto divulgado nesta quarta-feira (14), pelo Congresso em Foco.

“A ivermectina e a associação de casirivimabe + imdevimabe não possuem evidência que justifiquem seu uso em pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados nessa população”, concluem. Duas notas técnicas foram entregues à comissão, resultado de uma solicitação do senador Humberto Costa (PT).

Os placebos, no entanto, são amplamente defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus apoiadores. O próprio Ministério da Saúde chegou inclusive a desenvolver um aplicativo chamado “TrateCov” para disseminar o uso do kit Covid. A Organização Mundial de Saúde (OMS) já havia desaconselhado o uso e reconhecido a ineficácia desse tipo de tratamento desde 2020.

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