Na manhã desta quarta-feira (2/12), foi anunciado que o Reino Unido aprovou a vacina contra o novo coronavírus (Covid-19), desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer e Biontech. O comunicado, feito pelo ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, também frisou que a vacinação será iniciada na semana que vem.

“No início da próxima semana, começaremos um programa de vacinação de pessoas contra Covid-19 aqui neste país”, afirmou Matt à rede Sky News.

Já o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, ressaltou que a aprovação da vacina contra o novo coronavírus da parceria Pfizer e BioNTech vai resgatar vidas e a economia do país.

“É a proteção das vacinas que vai finalmente nos trazer de volta às nossas vidas e fazer a economia andar novamente”, escreveu Boris em uma rede social.

O Reino Unido anunciou que um primeiro lote com 10 milhões de doses será disponibilizado pelo NHS, serviço público de saúde britânico, ainda em 2020. Entre os primeiros a serem vacinados estão os profissionais da saúde.

As campanhas acontecerão em hospitais, por conta do armazenamento do imunizante. A vacina da Pfizer e BioNtech precisa ser armazenada a -70ºC.

No Brasil, o plano de imunização elaborado pelo Ministério da Saúde não prevê o uso de imunizantes que exijam baixíssimas temperaturas de armazenamento. Na terça-feira (1º), o secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Arnaldo Medeiros, salientou que o governo brasileiro deseja um imunizante que possa ficar armazenado em temperaturas de 2ºC a 8ºC, pois essa é a temperatura da rede de frio usada no sistema de vacinação brasileiro.

Outras informações


No início de novembro, as farmacêuticas Pfizer e BioNTech anunciaram que sua candidata a vacina contra Covid-19, batizada de BNT162b2, está sendo testada no Brasil. Na ocasião, foi dito ainda que o imunizante tem eficácia de 95% na prevenção da doença, segundo dados iniciais do estudo da terceira e última fase de testes. Entretanto, essas informações não foram publicadas em revista científica, até o momento.

No entanto, o Brasil segue sem um acordo oficial para adquirir a vacina em questão. Porém, em meados de novembro, o governo brasileiro recebeu executivos da Pfizer para, segundo o Ministério da Saúde, “conhecer os resultados dos testes em andamento e as condições de compra, logística e armazenamento oferecidas pelo laboratório”.

Segundo pontuou um comunicado divulgado pela Pfizer, os estudos da vacina analisaram 170 casos confirmados do novo coronavírus. Os testes também envolveram pessoas com mais de 65 anos e, a partir desta faixa etária, a vacina se mostrou pelo menos 94% eficaz.

A taxa de eficácia representa a proporção de redução de casos entre o grupo vacinado comparado com o grupo não vacinado, ou seja, se uma vacina tem 95% de eficácia, isso significa dizer que a pessoa tem 95% menos chance de pegar a doença se for vacinada do que se não for.

A farmacêutica destacou que todos os dados de segurança exigidos pela agência norte-americana de saúde, a Food and Drug Administration (FDA), para a autorização de uso emergencial foram alcançados.

0 0 votos
Article Rating