De acordo com informações divulgadas nesta terça-feira (17/11), por meio do monitoramento do Imperial College de Londres, no Reino Unido, a taxa de transmissão (Rt) do novo coronavírus (Covid-19) voltou a subir no território brasileiro. O relatório aponta que o índice está em 1,10, isso significa que cada grupo de cem pessoas infectadas transmitem o vírus para outras 110 pessoas.

Os dados levam em conta a média das estimativas de mortes na comparação das duas semanas. Pelas estatísticas, essa taxa pode ser maior (até Rt = 1,24) ou menor (até Rt = 1,05).

Ainda segundo os cientistas, “a notificação de mortes e casos no Brasil está mudando”. Eles alertam que “os resultados devem ser interpretados com cautela”. Na última semana, o Brasil atingiu o menor valor desde abril: 0,68.

Simbolizado pelo acrônimo ‘Rt’, o “ritmo de contágio” é um número que mostra o potencial de propagação de um vírus: quando ele é superior a 1, cada infectado transmite a doença para mais de uma pessoa e a doença avança

Cabe ressaltar que, além da estimativa apresentada pela Imperial College de Londres, pesquisadores brasileiros também monitoram o Rt.

Em outro acompanhamento, cientistas da Universidade de São Paulo e da Universidade Estadual Paulista perceberam que no começo desse mês de novembro aconteceu uma mudança na tendência da transmissão. A curva de contágio voltou a subir, um reflexo do aumento nas internações, em meados de outubro.

No estado de São Paulo, por exemplo, a taxa de transmissão está acima de 1 (1,05), o que indica tendência de aceleração nas infecções. As projeções mostram que ela deve chegar, na próximo segunda-feria, a 1,11. Na capital, o índice está ainda mais alto. A tendência é que passe dos atuais 1,36 para 1,41.

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