Na segunda-feira (12/10), o estudo com a vacina contra o novo coronavírus (Covid-19), que é desenvolvida pela Johnson & Johnson’s, foi pausado. O motivo foi o surgimento de uma doença inexplicada em um dos voluntários, conforme informou a companhia.
De acordo com um documento enviado a pesquisadores externos, que executam o ensaio clínico com 60 mil pacientes, uma “pausa regulamentar” será cumprida.
O sistema online, que é utilizado para inscrever pacientes no estudo, também foi fechado.
Em nota, a Johnson & Johnson’s destaca que “eventos adversos – doenças, acidentes etc – mesmo aqueles graves, são uma parte esperada de qualquer estudo clínico, especialmente grandes estudos”.
A empresa também ressalta que a doença do paciente está sendo “analisada e avaliada pelo Conselho de Monitoramento de Segurança de Dados independente ENSEMBLE (DSMB), bem como por nossos médicos clínicos e de segurança internos”.
Ademais, a empresa ainda frisa que a privacidade do paciente deve ser respeitada e que, como está aprendendo mais sobre a doença deste participante, é importante ter todos os fatos antes de compartilhar informações adicionais.
A imunização contra a Covid-19, que foi batizada oficialmente de Ad26.COV2.S, é desenvolvida pela farmacêutica Janssen Pharmaceuticals, que pertence ao grupo J&J.
A vacina foi a quarta a obter autorização de testes de fase 3 no Brasil, concedida em agosto. No mes passado, a empresa revelou que começaria a terceira etapa em todo o mundo, com cerca de 60 mil voluntários. No território brasileiro, segundo a Anvisa, são 7 mil participantes.
No dia 29 de setembro, um dos resultados preliminares e parciais divulgados apontou que a vacina era segura e induzia resposta imune mesmo após uma única aplicação. Esses dados eram referentes a uma parte dos participantes das fases 1 e 2, que foram conduzidas de forma conjunta. No entanto, eles ainda não foram revisados por outros cientistas (requisito necessário para publicação em revista científica), porém, tinham sido disponibilizados em um repositório online.
