Arthur Nascimento tem 13 anos e paralisia cerebral. Até 2010 ele vivia preso a uma cadeira de rodas, em Belém, no Pará.

Foi então que sua família tomou conhecimento de um tratamento revolucionário: um traje usado por cosmonautas russos para o ganho de força muscular e que é utilizado em Salvador, com exclusividade na América Latina, pelo NACPC-Núcleo de Atendimento à Criança com Paralisia Cerebral.

Ao ser colocada, a vestimenta tende a erguer a postura do debilitado, estimulando músculos e a corrente sanguínea. Cada sessão do tratamento dura 5 semanas. Artur está na terceira etapa, e já consegue andar, apoiado em muletas.

Mais do que isso. No domingo (7/4), ele estará no centro de campo, na Arena Fonte Nova, para dar o pontapé inicial da partida entre Bahia e Vitória.

A roupa que está ajudando na recuperação de Arthur, um colete, short, joelheira e sapato, é conhecida como Traje Adeli. Segundo a médica Daniela Caribé, do NACPC, o dispositivo é revolucionário na área da reabilitação motora e internacionalmente reconhecido em 56 países, dentre eles, Alemanha, França, Itália, Polônia e Estados Unidos.

Fundado no ano de 2001, o NACPC é a única organização na Bahia que atente, exclusivamente, crianças com paralisia cerebral, através de um programa sistematizado entre as áreas de saúde e educação, chancelado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância-Unicef e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – Unesco. Todo o tratamento é gratuito.

O convite para que Artur estivesse na inauguração da Arena Fonte Nova foi feito ainda em 2012 pelo secretário estadual para Assuntos da Copa do Mundo da Fifa Brasil 2014, Ney Campello, durante o Seminário Internacional de Tecnologia para Megaeventos. Fnte: Tribuna