O ministro da Economia, Paulo Guedes, se desculpou, na noite de terça-feira (27), após dizer em reunião que “o chinês inventou” o coronavírus e criou uma vacina “menos efetiva que a do americano”, enaltecendo o imunizante da Pfizer, antes rejeitado pelo governo federal. A fala gerou uma verdadeira crise diplomática, já que a China é o maior parceiro comercial do Brasil e responsável pela CoronaVac, vacina mais aplicada contra a Covid-19 no país.

“Nós somos muito gratos à China por ter nos enviado a vacina. Eu tomei a Coronavac, então eu não vou falar mal da vacina. Eu estava querendo enfatizar a importância do setor privado no combate à pandemia e fui usando uma imagem infeliz”, declarou à imprensa, pedindo desculpas ao embaixador do país oriental, simpatizantes ou empresas chinesas que estejam no Brasil.

A declaração anterior de Guedes, em reunião gravada sem sua ciência, teve grande repercussão e o próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) solicitou que o  novo chanceler brasileiro, Carlos França, entrasse em contato com o embaixador da China no Brasil, a fim de apaziguar a situação. Quando soube que o encontro do Conselho de Saúde Suplementar estava sendo registrado, o ministro da Economia chegou a pedir que as imagens não fossem ao ar, no entanto, estas estavam sendo transmitidas ao vivo através das redes sociais.

Ele alega que sua intenção foi destacar como um país com uma “economia de mercado forte”, sendo este os Estados Unidos, tinha capacidade para produzir a resposta a um vírus vindo do estrangeiro, até mesmo de modo mais efetivo que o próprio país de origem. Para Guedes, a solução para a crise atual estaria no setor privado e nos ideais capitalistas, não num sistema socialista como o chinês.

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