Em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR), o operador financeiro Lúcio Funaro disse ter “certeza” de que parte da propina oriunda de esquemas de corrupção do ex-deputado Eduardo Cunha era destinada ao presidente Michel Temer. “Tenho certeza que parte do dinheiro que era repassado, que o Eduardo Cunha capitaneava em todos os esquemas que ele tinha, dava um percentual também para o Michel Temer. Eu nunca cheguei a entregar, mas o Altair [Altair Alves Pinto, emissário de Cunha] deve ter entregado, assim, algumas vezes”, diz Funaro no depoimento, segundo o jornal Valor Econômico.

“Eu nunca cheguei a entregar, mas o Altair [Altair Alves Pinto, emissário de Cunha] deve ter entregado, assim, algumas vezes”, diz Funaro em vídeo do depoimento prestado no dia 23 de agosto.

Funaro relata a facilidade para repassar a propina já que seu escritório em São Paulo era próximo ao de Temer -100 metros de distância, segundo o delator- e ao do advogado José Yunes, ex-assessor especial do presidente da República.

“O Altair às vezes comentava que tinha que entregar um dinheiro para o Michel. O escritório do Michel é atrás do meu escritório. O lugar onde era localizado o meu escritório era um lugar muito bom para o Eduardo porque era próximo ao escritório do José Yunes, que era uma das pessoas que às vezes arrecadava dinheiro, que ia pegar dinheiro pro Michel Temer”, afirma Funaro no depoimento sobre a atuação do PMDB na Caixa Econômica Federal.

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