E a temática não poderia deixar de ser outra: a posição do secretário sobre qual seria o melhor nome para a sucessão do prefeito Luiz Caetano (PT).
Roque Santos iniciou a entrevista perguntando a opinião de Cupertino sobre quem é o melhor nome para Camaçari.
O secretário disse que a primeira avaliação deve ser feita internamente pelo PT e depois pela população. Cupertino frisou os pontos positivos dos dois pré-candidatos pelo partido (o deputado estadual Bira Corôa e o secretário de Relações Institucionais Ademar Delgado) e destacou que está para acatar o que o PT resolver.
Roque Santos perguntou ainda se ele achava a escolha de Ademar a correta para Camaçari. Cupertino disse ser esta uma pergunta difícil, mas afirmou que foi o prefeito quem escolheu. “Acho que Caetano escolheu aquilo que para ele é o melhor. Agora é preciso que se pergunte ao povo em quem quer votar”, alertou o secretário.
Sobre o fato de ter retirado a pré-candidatura a prefeito e desejar atualmente ser vice, Cupertino afirmou fazer parte de um processo e que, da mesma forma que se sentia preparado para prefeito, está para vice.
“Nós colocamos nosso nome para ser apreciado- o que seria uma coisa bem natural, por conta da nossa história no município de Camaçari. São 23 anos de vida pública ininterrupta, quatro mandatos de vereador (…). Mas adiante esbarrei com um obstáculo, que é não ser do PT. O partido gostaria que o próximo prefeito de Camaçari fosse petista”, disse. Ele completou explicando ter aceitado as ‘regras do jogo’ e que, por fazer parte de um processo político, submeteu-se à hierarquia: “Caetano é o nosso comandante, o nosso chefe. Não me pediu, não me pressionou, mas eu entendi que na minha história política não poderia deixar este tipo de situação ir de encontro àquilo que é o melhor para a população”, enfatizou.
Perguntado se a candidatura do presidente da Câmara Zé de Elísio (PTdoB) é legítima, Cupertino respondeu afirmativamente, mas foi contundente na crítica ao parlamentar: “Porém, acho que é intempestiva. Acho que Zé não chegaria à presidência da Câmara se não fosse o esforço de Caetano. Acho que isto deveria ter, pelo menos, o reconhecimento e a gratidão dele”.
Roque Santos comparou o rompimento de Zé de Elísio com Caetano ao que ocorreu de Cupertino com o ex-prefeito Tude. E o secretário disparou: “É completamente diferente. Quando eu vim ser aliado de Caetano já tinha acabado uma reeleição; já tinha perdido a eleição para prefeito. Caetano me convidou para fazer parte do governo. E enquanto estava com Tude recebi alguns convites de Caetano, mas nunca aceitei. Como hoje não aceito de ninguém”.
E com um sonoro ‘não’, respondeu à pergunta de Roque Santos se apoiaria Tude novamente.
Finalizando a entrevista, o secretário emitiu sua opinião sobre se os pré-candidatos da oposição estão preparados à prefeitura de Camaçari:
Helder Almeida? “Não. Foi um grande secretário, mas como prefeito deixou a desejar”.
Mauricio Bacelar : “Não administrou nada aqui. Acho que é um bom quadro para vereador, mas para prefeito não sei se já está preparado”.
Oswaldinho Marcolino: “É um garoto, novo, bem esforçado. Mas acho que tem algumas etapas a ‘queimar’ para ser prefeito de Camaçari, como passar pela Câmara”.
Marco Antonio: “Preciso ver o que ele aprendeu de administração pública”.
Teresa Giffoni: “Não mostrou uma boa performance como vice-prefeita”.