Dada como desaparecida no dia 30 de janeiro, Eva Luana foi “encontrada” no dia seguinte. O que não se sabia era que ela já estava sob proteção judicial, após denunciar o padrasto Thiago Oliveira Alves, por abusos durante oito anos.

Eva relatou, em uma entrevista a imprensa, que nem a mãe dela sabia que ela estava sob proteção judicial e por conta disso, não teria voltado para casa após o final do expediente. A jovem relata que o próprio Thiago mobilizou toda a cidade de Camaçari para encontra-lá.

“Eles começaram a fazer uma vigília me procurando. Ele chamou todo mundo, inclusive, o número que colocou para procurar foi o dele. Uma pessoa desaparecida, com um número só para contato, e era o dele”, disse

Sem notícias do paradeiro da garota, o acusado teria relatado a mãe de Eva Luana, o que faria com ela assim que a encontrasse.

“Depois, minha mãe nos contou que ele ficava falando ‘tomara que tenha acontecido alguma coisa muito ruim com ela. Se não tiver acontecido, eu mesmo vou fazer com minhas próprias mãos. Ela está brincando comigo, está brincando com fogo. Se ela tiver denunciado, eu mato vocês. Posso ser preso, passar 20, 30 anos, mas, quando eu sair, vou procurar vocês até no inferno’”, contou .

No dia seguinte, a mãe de Eva e o padrasto teriam ido a delegacia prestar queixa de desaparecimento. Foi então que ficaram sabendo o que estava acontecendo.

“É uma vida tão macabra que, como que uma pessoa saiu do trabalho 18h, deu 19h30 e está desaparecida? Tanto que os policiais falaram: ‘ela não está na casa de uma amiga, de um namorado? Está muito cedo’. E minha mãe começou a se desesperar dizendo ‘ela não tem amigo, ela não tem ninguém’”, relata. Com informações do Correio*

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