O ex-jogador e craque do futebol mundial, Daniel Alves, pode ter benefícios a partir de 2025. De acordo com a defesa do baiano, ele pode obter o direito de sair da prisão em abril do ano que vem, quando tiver ultrapassado metade da pena a que foi condenado.

Nesta quinta-feira (22), o mundo assistiu a condenação de Daniel, que foi sentenciado a 4 anos e 6 meses de prisão por estupro. A sentença foi anunciada pelo tribunal de Barcelona e diz que foi comprovado que o brasileiro agrediu e abusou da mulher no banheiro da boate Sutton, em 2022.

Na Espanha, onde o caso aconteceu e onde Daniel foi julgado, os condenados a menos de cinco anos podem pedir a progressão para o regime de “semiliberdade”, no qual saem da prisão pela manhã e retornam à noite. A lei tem como objetivo permitir a reincorporação dos detentos à sociedade.

Caso consiga o relaxamento, Daniel poderá trabalhar durante o dia, ou ficar com a família, por exemplo.

O tempo de pena começa a contar a partir da prisão do jogador, em janeiro de 2023.

A vítima pediu 12 anos de condenação e a Promotoria espanhola 9 anos de prisão. A condenação de Daniel foi sentenciada bem abaixo das expectativas.

Segundo a sentença, o tribunal aplicou ao jogador de futebol uma circunstância atenuante de reparação do dano ao considerar que “antes do julgamento, a defesa depositou na conta do tribunal a quantia de 150 mil euros (R$ 801,2 mil) para ser entregue à vítima independentemente do resultado do julgamento, e esse fato expressa, segundo o tribunal, ‘uma vontade reparadora'”.

Com isso, a pena do ex-jogador foi reduzida por conta da aplicação dessa atenuante. O pagamento foi feito pela família de Neymar, segundo o jornal O Globo.

Condenação

Daniel foi condenado pela juíza Isabel Delgado na 21ª Seção de Audiência de Barcelona.O baiano chegou ao local por volta das 10h (6h no horário de Brasília). O julgamento seguiu os ritos e todos os envolvidos foram ouvidos. A promotora, Elisabet Jiménez; a promotora e advogada da denunciante, Ester García; e a defesa e advogada de Daniel, Inés Guardiola.

A advogada do ex-jogador disse acreditar na inocência do acusado e que vai recorrer da decisão.

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