O Senado debateu, nesta segunda-feira (17), a proibição do Conselho Federal de Medicina (CFM) em relação ao uso de assistolia fetal – que consiste em inserir substâncias no feto – para interrupção da gravidez em casos de estupro, conforme autoriza a legislação atual.
Na ocasião, a contadora de histórias Nyedja Gennari foi a responsável pela abertura da discussão sobre o tipo de aborto, interpretando um texto dramático como uma bebê que estaria prestes a receber o procedimento legal. “Não! Não acredito! Essa injeção, essa agulha! Quero continuar vivo. Vai doer muito. Por Deus, eu imploro!”, disse ela, recebendo aplausos da ala conservadora do parlamento.
Porém, fora disso, a “performance” de Gennari foi levada como piada, já que a forma caricata de atuar como um feto era incomum e até visto como “fora do sério” dentro do espaço de discussões políticas, como é o caso deste assunto. Na internet, alguns usuários aproveitaram para tirar sarro da situação e até criticar o momento, que, segundo eles, tratava como ‘deboche’ um tema tão atual e importante para a sociedade.
Vale lembrar que na última semana, a Câmara dos Deputados aprovou a urgência de um projeto que pode igualar o ato do aborto, feito após à 22ª semana, ao crime de homicídio, podendo a mulher (sendo ela jovem ou adulta) ser condenada em até 20 anos de prisão em regime fechado. A tese está sendo amplamente criticada por movimentos sociais em geral.
Veja a ‘performance’ no Senado:
⏯️ Debate no Senado sobre assistolia fetal é marcado por “teatro”
Convidados e senadores contra a legalização do aborto debatem a interrupção da gravidez nesta segunda-feira (17/6)
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— Metrópoles (@Metropoles) June 17, 2024