A delegada Cristina Bento, que assumiu a investigação do caso da jovem de 16 anos vítima de estupro coletivo no Morro do Barão, na Praça Seca, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, disse em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (30) que o crime está comprovado.
Segundo a delegada titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dpav), a vítima está “coagida” e com medo de falar sobre o caso.
Fernando Veloso, chefe da Polícia Civil do Rio, afirmou que embora o laudo não aponte indícios de violência, isso não quer dizer que não houve violência. Devido ao tempo decorrido entre os fatos e o exame, os indícios de lesão podem ter desaparecido.
Cristina disse também que “traficante faz estupro sim”. De acordo com a delegada, as garotas são abusadas e não contam, por medo dos traficantes. Cristina acredita que a vítima apenas contou sobre o crime porque as imagens vieram à tona.
A perita do IML, Adriane Rego, explicou que em todo exame de vítima de estupro é colhido material para possível exame de DNA. No entanto, nem sempre ele é obtido, por motivos como o uso de preservativo ou o tempo decorrido.
A delegada Cristina Bento declarou ainda que seis suspeitos estão foragidos.
Os procurados são Sérgio Luiz da Silva Júnior, conhecido como Da Russa; Marcelo Miranda da Cruz Correa; Raphael Assis Duarte Belo; Michel Brasil da Silva; Lucas Perdomo Duarte Santos; e Raí de Souza. Da Russa é o chefe do tráfico do Morro do Barão, na Praça Seca.