A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) informou, nesta quarta-feira (4), que foi aprovada uma série de resoluções em defesa da reestruturação das carreiras. Entre elas estão paralisação e entrega de cargos como forma de pressionar o governo federal a reajustar o salário da categoria. Há também o pedido de renúncia do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.

“[Jair Bolsonaro] decidiu não honrar com a própria palavra, gerando um clima de revolta e insatisfação generalizada nunca antes visto entre os servidores da PF”, informa a nota.

O calendário de paralisações será definido entre os delegados e as demais categorias da Polícia Federal.

De acordo com o Portal Metrópoles, a Federação Nacional dos Policiais Federal (Fenapef) afirmou não ter participado da assembleia e nem aprovado a paralisação.

O presidente havia garantido a reestruturação da PF e, por isso, os policiais tinham a expectativa de receber um reajuste salarial entre 16% e 20% para recompor as perdas inflacionárias dos últimos anos. No entanto, agora, o Executivo sinaliza que a promessa não será cumprida. O governo federal decidiu por reajuste linear de 5% para todo o funcionalismo público, o que gerou insatisfação dos delegados da Polícia Federal.

Em relação a Torres, que é delegado da PF, a associação aponta que, “pelo desprestígio e desrespeitoso tratamento dado pelo presidente da República à Polícia Federal e ao próprio ministro”, ele será pressionado a renunciar. Ficou decidido ainda que policiais federais poderão entregar seus cargos de chefia e recusar convites para assumir novos postos. 

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