Em comparação ao ano passado, o estado da Bahia apresentou um aumento de 657,8% de casos suspeitos de dengue, em números exatos, cerca de 56.556. Por todo o estado, já foram confirmadas 29 mortes pelo mosquito da dengue. Outras 31 estão sendo investigadas.

Em Salvador, o bairro com maior taxa de infestação de mosquito da dengue é Valéria, que tem índice de 9,9%. Outra localidade da capital baiana com alta infestação é Alto do Cabrito, com índice de 6,4%.

O índice aceitável é de até 1%. Entre 1 e 3,9% o sinal é de alerta. Acima disso, o local é considerado de risco.

Entretanto, apesar desse aumento, desde março, o Ministério da Saúde suspendeu o fornecimento do inseticida usado contra o mosquito adulto.

Por conta desse repasse, temporariamente pendente, a prefeitura de Salvador começou a racionar o produto. A contar de maio, foram usados, aproximadamente, 24 litros por mês. Até a chegada da nova remessa, restam apenas 3 litros.

“Não só a Bahia, mas vários estados do país estão com dificuldade no abastecimento. Tem uma previsão de regularização até 4 de setembro, então está próximo”, afirmou Marcelo Medrado, técnico da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

Em nota, o Ministério da Saúde informou que já recebeu 105.600 litros de inseticida, porém, antes de serem encaminhados para distribuição nos estados, os produtos precisam passar por testes de qualidade.

Alerta

De acordo com a bióloga Cíntia Sacramento, a dengue é muito mais comum no verão, por isso, o número tão elevado durante o inverno é considerado um grande sinal de alerta para todos. Ela salienta que, “provavelmente esses mosquitos estão se desenvolvendo e se adaptando ao clima mais frio. Então a gente tem que ter um cuidado redobrado”, recomenda.

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