Em entrevista à Folha de S. Paulo, o deputado Coronel Tadeu (PSL- SP) destacou que as mortes de jovens negros por policiais no Brasil seriam motivadas pela maior presença de negros atuando no tráfico de drogas.

“O tráfico absorve uma boa parte das pessoas que moram nas comunidades, e a maioria dessas pessoas é de origem negra. Então, portanto, o resultado disso é que, em confronto com policiais, as [pessoas] que estão no tráfico acabam sendo vitimadas no confronto. E aí, se a maioria é negra, o resultado só pode ser esse”, afirmou o parlamentar.

Ontem (19), o deputado chegou a quebrar uma placa contra o genocídio da população negra que estava em exposição na Câmara Federal. A obra, que trazia dados sobre a violência do Estado contra negros e negras, tinha uma charge do cartunista Carlos Latuff. A ação, inclusive, foi denunciada pela deputada federal Talíria Petrone (Psol-RJ).

A deputada chegou a publicar um vídeo no Twitter sobre o momento da ação.

Ainda em entrevista à Folha, Coronel Tadeu assegurou que não teme ser punido no Conselho de Ética. Ele também ressaltou que, após ser acusado de racismo pela oposição, não se enxerga dessa forma e que a oposição “faz o jogo deles”.

“De forma alguma. Eu nunca fui racista. Meus colegas de infância são uma maioria da raça negra, meus amigos são da raça negra e eu sinto bastante orgulho de ter essas pessoas próximas a mim.  Claro que eles [a oposição] faz o jogo deles e eles vão me acusar de racista, fascista, tudo que é “ista”.  Eu não preciso estar bem com eles, eu preciso estar bem com minha consciência. Eu durmo tranquilo”, disse.

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