A taxa média de desemprego no Brasil subiu para 14,7% no primeiro trimestre de 2021, representando um aumento de 0,8 ponto percentual na comparação com o último trimestre de 2020 (13,9%). Isso corresponde a mais 880 mil sem ocupação, totalizando 14,8 milhões na fila em busca de um trabalho no país.
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa é a maior taxa de desemprego de todos os trimestres da série histórica iniciada em 2012.
A analista de pesquisa Adriana Beringuy explica que o aumento da população desocupada é um efeito sazonal esperado. “As taxas de desocupação costumam aumentar no início de cada ano, tendo em vista o processo de dispensa de pessoas que foram contratadas no fim do ano anterior. Com a dispensa nos primeiros meses do ano, elas tendem a voltar a pressionar o mercado de trabalho”, ela declarou.
A população ocupada consiste em 85,7 milhões de pessoas e ficou estável em relação ao trimestre móvel anterior, caindo 7,1%. Isto representa menos 6,6 milhões de pessoas frente ao trimestre de 2020. Já o nível de ocupação, correspondente ao percentual de pessoas ocupadas na população em idade para trabalhar chegou a 48,4%, caindo 0,5 p.p.
