A expectativa para novas contratações no final de ano não será como há dois anos atrás, quando eram consideradas elevadas. Infelizmente, devido a pandemia da Covid-19, é estimado que o comércio de Camaçari não oferte nem 40% de novas vagas para dezembro de 2021.

Em entrevista ao Bahia no Ar, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Camaçari (e também Dias d’Ávila), Nildo Santana, explicou que durante a crise sanitária, foram assinadas 531 suspensões de contratos trabalhistas que deram uma base de cinco mil trabalhadores demitidos.

“Eu acredito que final de ano agora, a média que novos contratados não vai passar dos 40%. E por que? Porque muitas empresas se reinventaram nessa pandemia, o delivery tá aí. Então, eles se acostumaram e se adequaram a situação. E, eu acredito que não vai chegar a 40% de novos contratados, não viu!. Disso não passa”, afirmou o presidente da entidade.

Nildo Santana também ressaltou que muitas lojas físicas de Camaçari continuam mantendo suas portas abertas com redução de funcionários. “Muitas lojas de Camaçari ainda não estão com 100% dos trabalhadores, estão com seus quadros de funcionários reduzidos, os que tinham 10 estão com oito, sete, porque se reinventaram. Então, essa é a expectativa. Acredito que alguns demitidos na pandemia voltem aos seus trabalhos”.

Um levantamento da IDados, que leva em conta emprego formal e informal, com base em números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que em média, durante um ano de pandemia, 377 trabalhadores ficaram desempregados por hora. As medidas provisórias criadas pelo governo federal para tentar estabilizar as demissões, não ofuscaram a queda dos empregos e o fechamento de centenas de empresas.

Em abril de 2021, o país contabilizava 85,9 milhões de brasileiros com atividades remuneradas, mas esse número tinha 3,3 milhões de pessoas a mais empregadas no mesmo mês em 2020.

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