Com a volta de Deolane Bezerra para o presídio, dessa vez na Colônia Penal Feminina de Buíque, em Pernambuco, as detentas da unidade se organizaram e realizaram um protesto reivindicando melhorias no espaço penal.
De acordo com informações, as detentas resolveram aproveitar a repercussão do caso de Deolane para exigir melhores condições no presídio, que está superlotado. A capacidade é de 110 mulheres na Colônia Penal Feminina de Buíque, mas, até o momento, cerca de 260 pessoas ocupam a unidade.
Ainda segundo informações, as detentas se revoltaram após Deolane receber uma cela individual, devido à repercussão do seu caso, enquanto a maioria segue em condições precárias em celas coletivas. O protesto chamou a atenção da administração do presídio, que começou a fazer pinturas nas paredes externas da unidade.
A prisão domiciliar da advogada e influenciadora Deolane Bezerra foi revogada no dia 10 de setembro, após a acusada ter descumprido as medidas cautelares impostas pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Por conta disso, ela voltará à cadeia, mas diferente daquela que estava até o dia 9 de setembro.
A decisão foi divulgada quando Deolane foi até o Fórum Rodolfo Aureliano, em Recife, para assinar os termos da prisão domiciliar e ali foi informada da revogação. Segundo a justiça, a blogueira – apontada como envolvida em um esquema de lavagem de dinheiro via jogos de azar – não obedeceu duas ordens determinadas: se manifestar na imprensa e atuar nas redes sociais.
O problema é que, logo após sair da Colônia Penal Feminina da capital, em meio à multidão de populares e jornalistas que aguardavam, ela concedeu entrevista e afirmou que ação “foi uma prisão criminosa, cheia de abuso de autoridade por parte do delegado”, além de pontuar ter sido ‘calada’.
No Instagram, em seu perfil, ela publicou uma foto com a boca tapada por uma fita com um X, reforçando a tese da proibição e suposta censura em meio ao processo judicial.
Agora, Deolane foi levada para o Instituto Médico Legal (IML) da cidade, para realizar exames de corpo de delito de praxe e, em seguida, seguirá para o presídio de Buíque, a cerca de 280 km de distância de Recife.