A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff vai usar em sua argumentação a segunda denúncia de Rodrigo Janot contra o presidente Michel Temer, no processo que pede a anulação do impeachment.

O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, que é o advogado dela no caso, em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF), viu uma oportunidade no trecho em que o então procurador-geral da República relaciona dois fatos: o apoio do “quadrilhão do PMDB” à queda da petista e à tentativa do grupo de barrar a Operação Lava Jato.

O argumento da defesa é que Dilma foi alvo de retaliação, o que invalidaria o impeachment. Cardoso vai utilizar a denúncia contra Temer durante o julgamento do mandado de segurança, que ainda não tem data marcada.

Antes de deixar o cargo, Janot enviou manifestação ao STF em que se posicionou contra o pedido de Dilma. Ele afirmou que não houve atuação ilícita de políticos nem na abertura do processo pelo então deputado Eduardo Cunha (PMDB) nem na votação final, no Senado.

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