Durante entrevista ao Bahia No Ar nesta terça-feira, 13, a diretora de Vigilância em Saúde de Camaçari, Fátima Aguirra, desmentiu a informação de que o município estaria com um surto esporotricose, micose subcutânea que é causada pelo fungo Sporothrix schenckii que pode atacar animais e humanos conforme havia sido propagado.

Na ocasião, a diretora explicou que o surto da micose ocorreu no ano de 2015, quando foi identificado em animais felinos e foi controlado. “Em Camaçari o surto ocorreu em 2015 e foi resolvido. Foram identificados aproximadamente 40 gatos infectados”, disse.

Sobre 2018, Fátima ressaltou que existem 12 casos em felinos sob investigação e dois casos em humanos, sendo que um deles foi confirmado e o outro está sob suspeita. “Só temos um caso confirmado em Camaçari em 2018. No registro hoje nós temos um risco 0,16 por 100 mil habitantes para ocorrência de esporotricose em humanos, é um risco baixo considerado os anos de 2017 e 2016”, falou.

Questionada sobre meios para se prevenir da micose, Fátima enfatizou que a higiene do ambiente é fundamental para evitar a disseminação. Ela disse também, que as pessoas que cuidam dos animais devem ficar atentos a qualquer lesão que o animal apresentar e além de levar no veterinário, devem manusear o local com luvas, para evitar o contato com a pele. Geralmente  a esporotricose afeta a pele e os vasos linfáticos próximos a ela, mas pode também afetar ossos, pulmão e articulações.

Transmissão

A diretora explicou que o fungo está constantemente em ambientes abertos, principalmente no solo, por conta disso a esporotricose pode ser transmitida através de ferimentos já abertos que tenham contato com algum material contaminado, como farpas de madeira ou espinhos de plantas. Outra forma de contaminação é através do contato com animais contaminados, gatos em sua maioria, através de mordeduras, arranhaduras ou resultante da manipulação dessas feridas que contenham grande quantidade de fungos.

A doença também pode ser contraída também pela inalação do fungo, porém é muito raro de acontecer e atinge principalmente pessoas imunodepressivas. Não há casos de transmissão de esporotricose de uma pessoa para outra.

 

 

 

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