O presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, deixa claro que todas as ameaças feitas na semana passada para as facções organizadas não foram apenas bravatas de um dirigente tentando fazer média com os torcedores. O clube enviou para a Polícia e encaminhará para a Federação Paulista de Futebol, até o início da semana que vem, alguns documentos pedindo punição aos membros da Mancha Alviverde que participaram da confusão no Aeroporto de Buenos Aires, na quinta-feira passada.
A tendência é que os organizados sejam proibidos de frequentar estádios de futebol no estado de São Paulo. Quanto à Justiça, a punição deve ser branda, já que os torcedores podem, no máximo, ser enquadrados em lesão corporal leve, mas é uma forma que a diretoria encontrou de mostrar que realmente quer levar o caso até o fim.
O clube já fez a queixa e para ajudar os policiais deve enviar vídeos, fotos e matérias de jornais e sites que citam o que aconteceu e alguns nomes dos envolvidos. A irritação de alguns dirigentes palmeirenses é o fato de que na maioria das brigas causadas pela torcida, inclusive essa, os responsáveis são conhecidos.
Tanto que, nos documentos enviados para a polícia, dois nomes conhecidos dos dirigentes e jogadores foram citados. Casos do ex-presidente da Mancha, André Guerra, e de Zeca Urubu, torcedor que ficou famoso por brigar com o volante João Vitor, em 2011, e com o lateral-direito Fabinho Capixaba, no início do ano.
“O Palmeiras está fazendo a sua parte e espera que os responsáveis façam a deles. O que não pode é acontecer sempre com as mesmas pessoas e ninguém fazer nada. Vocês (jornalistas) sabem quem são os responsáveis, nós sabemos, os jogadores sabem e a torcida sabe. Então temos que punir os culpados”, disse o diretor executivo do Palmeiras, José Carlos Brunoro.
Mancha resiste
A diretoria está irritada porque até o momento a Mancha não entregou quem seriam os responsáveis pela confusão. Assim, a tendência é que a relação continue bem desgastada. Nobre anunciou que o clube não vai mais ceder ingressos para a torcida em jogos no exterior e tampouco repassará bilhetes para serem vendidos na quadra da Mancha em partidas em casa.
Antes do clássico contra o São Paulo, no domingo, um muro do Palestra Itália apareceu pichado com os dizeres “se não ganha (sic), vai morrer”. Alguns jogadores estão evitando lugares públicos e, em dia de jogos, a segurança foi reforçada para evitar nova confusão. Fonte: Estadão