“É uma tragédia anunciada, meticulosamente preparada nos últimos 20 anos”, a avaliação é do biólogo Mario Moscatelli e diz respeito a situação da Estação de Tratamento do Guandu, que segundo ele, ainda “tem muito espaço para piorar”. Manchas escuras, causadas por esgoto, e um tapete de algas num afluente do Guandu podem ser observadas.
Há cerca de 15 dias, moradores de diferentes partes da Região Metropolitana do Rio já haviam relatado que a água encanada da Cedae estava chegando nas residências com um forte cheiro e gosto de terra. Segundo avaliação de Moscatelli, ao G1, são as algas que produzem a geosmina (substância que altera a água).
A Cedae assegura que o produto que chega às moradias da população não oferece riscos à saúde.
De acordo com o professor da UFRJ, Isaac Volschan, “estamos falando, sem sombra de dúvidas, do maior problema ambiental do estado do RJ e um dos maiores do Brasil”.