O drama vivenciado por pacientes que aguardam regulação estadual nas unidades básicas de saúde de Camaçari foi avaliado, nesta quarta-feira (24), pelo secretário municipal Elias Natan. Em conversa com o Bahia no Ar, o titular da pasta rebateu a declaração da secretária estadual da Saúde, Roberta Santana, que creditou o problema à atenção básica municipal.

“Primeiro, lamento a declaração. Acho que a secretária tem que alinhar o discurso com o Ministério da Saúde, porque os critérios do Previne Brasil, que faz a avaliação da atenção básica no país inteiro, coloca a cidade de Camaçari em primeiro lugar na atenção básica entre as dez cidades mais populosas do nosso estado, e esse indicador já dura por mais de um ano. Então, imagine vocês como está o resto do estado, se a gente está em primeiro”, comentou Natan.

O secretário defendeu a gestão municipal, apontando avanços na cobertura da atenção básica de 57% para 85%, recomposição das equipes e ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), implantação da UPA pediátrica e o centro de atenção da mulher.

Leia também: Após cinco dias na UPA pediátrica, bebê com pneumonia consegue regulação para Salvador 

“O problema é que a gente não pode mascarar nem transferir responsabilidade. Nosso problema hoje com a UPAs superlotadas é porque o estado não tem tido a capacidade de fazer a regulação em tempo oportuno. Então os pacientes continuam ficando na UPA, quando deveriam estar em hospitais. Pelas normas, a UPA é para resolver o problema do paciente em 24 horas. Foi resolvido, o paciente estabilizou, melhorou, não precisa de internamento, o paciente é medicado e vai para casa. O paciente que passa mais de 24 horas numa UPA precisa estar internado, e a competência de fazer regulação hospitalar é do estado, e nesse quesito, infelizmente, o estado tem falhado. não só em Camaçari, mas em toda Bahia”, finalizou.

5 1 voto
Article Rating