“Vamos seguir o protocolo único do Estado da Bahia”, a afirmação foi feita pelo prefeito de Camaçari, Elinaldo Araújo (DEM), durante participação, por telefone, na edição especial deste sábado (4), do programa Bahia No Ar (Rádio Sucesso 93.1). Segundo o gestor camaçariense, mesmo com um protocolo municipal, que será reajustado, nesse momento, o mais importante é unificar as decisões com os demais prefeitos da Região Metropolitana de Salvador (RMS), bem como com o Governo da Bahia.

“Graças a Deus, nós estamos alinhados com os outros prefeitos e vamos adequar o decreto municipal. Tudo aquilo que o Governo do Estado determinar, nós vamos ajustar ao nosso. O que tranquiliza agora é que nós não temos só os nossos técnicos, nós não temos só a nossa medicina, só o nosso secretário [de Saúde]. Hoje, é alinhado e com o suporte do Governo do Estado, que dialoga com o país e com o mundo. As vezes, aquilo que nós queremos, nós não podemos. Nós estamos preocupados com a questão econômica dos municípios, com a questão econômica do país e do Estado. Mas, ficou consenso que primeiro é preservar as vidas. Vamos seguir o protocolo único do Estado da Bahia, e o que nós pudermos fazer para colaborar com o protocolo é o que vamos fazer, não tem vaidade nenhuma, eu acho que a unificação vai nos tornar fortes para seguir”, afirmou Elinaldo.

Na sexta-feira (3), o democrata, além dos demais prefeitos da RMS, se reuniram com o governador da Bahia, Rui Costa (PT), em uma videoconferência, justamente para ajustar as questões do protocolo único de retomada da economia. Na quinta-feira (2), alguns deles já haviam participado de outro encontro, presencial, com o secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas, na sede da Secretaria do Governo (Segov), de Camaçari.

De acordo com Elinaldo, durante a reunião da sexta-feira, Rui Costa alertou que era preciso dar “um choque no isolamento social” e que a colaboração da população seria crucial nesse processo de flexibilização das medidas incorporadas à economia.

“Na reunião também foi falado que era preciso, nesses oito dias, dar um choque no isolamento social para que a gente reaja, e tenhamos condições de, o mais breve possível, retomar a economia. Mas, uma das coisas que também foi colocado, é que é preciso envolver a sociedade nessa união”, contou.

“Nas regiões que as pessoas não tiverem bom senso, que as pessoas não cumprirem o isolamento, não usarem máscara, não se higienizarem corretamente, não seguirem as orientações sanitárias e os leitos continuarem em oitenta por cento [80%] de ocupação, de imediato, ele vai decretar novamente o toque de recolher, o lockdown e demais medidas restritivas”, acrescentou e alertou o prefeito de Camaçari.

Elinaldo ainda salientou uma questão, já pensada pela gestão, e que foi reforçada pelo governador.

“Uma das coisas que me chamou atenção é aquilo que a gente já prega aqui na nossa cidade: que as decisões não podem ser feitas com palpites, com ideias. Aqui em Camaçari, eu vejo, as vezes, muitas pessoas dando palpites, muitas pessoas querendo ser especialistas. E, nós estamos observando que até os especialistas têm errado. Por exemplo, logo no início da pandemia, foi falado que não era obrigado usar máscara, que não era obrigado testar. Depois, passou a ser obrigatório”, disse.

Por fim, Elinaldo reforçou mais uma vez que a importância da população nessa batalha contra a Covid-19.

“Eu acredito que, os municípios seguindo esse protocolo sanitário, eu acho que a tendência é as coisas ficarem melhores. Os prefeitos não têm braços para fiscalizar toda a área. As vezes, tem comércio de portas fechadas, que não estão ventilados, as pessoas lá dentro andando sem máscara, sem a distância adequada, sem usar álcool em gel, sem medir a temperatura. Então, se as pessoas respeitarem, se os comerciantes respeitarem, aí, esses esses casos devem diminuir. Mas, esse protocolo sanitário tem que ser respeitado. Esse é o novo caminho, o novo normal, enquanto não tiver a vacina e o remédio do coronavírus”, assegurou.

Casos em Camaçari

Segundo o boletim municipal, divulgado na noite da sexta-feira (3), Camaçari já totaliza 1.594 casos confirmados: 937 pessoas já estão recuperadas, 631 casos seguem ativos e 44 pacientes foram a óbito.

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