Durante depoimento ao Conselho de Ética na manhã desta quinta-feira (19), Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente afastado da Câmara dos Deputados, negou que tenha contas ou investimentos no exterior. “Não tem nenhum elemento de prova de que eu sou dono da conta, possa movimentar conta, (…) não detenho conta da minha titularidade”, afirmou.
Em sua defesa, Cunha afirma que fez a transferência de patrimônio de sua propriedade para um trust (entidade baseada em propriedade fiduciária que administra bens em favor de terceiros, os beneficiários) no exterior, desta forma sendo apenas beneficiário, e não proprietário do trust.
A representação da qual o parlamentar é alvo apura se ele mentiu em depoimento à CPI da Petrobras, quando negou, ao ser perguntado, se tinha contas no exterior ou se era beneficiário de vantagens indevidas provenientes de investimentos no exterior.
Cunha abriu a sua fala questionando a presença do relator, Marcos Rogério (DEM), por participar do mesmo bloco parlamentar ao qual pertence, o que é vedado pelo Regimento. O mesmo argumento foi utilizado para solicitar a substituição do antigo relator, Fausto Pinato (PP), à época no PRB.