Após estabelecer uma série de protocolos, a fim de tentar garantir a segurança dos clientes, em função do novo coronavírus (Covid-19), grandes resorts localizados na Bahia retomaram, ou planejam retomar, as atividades, depois de cumprir um período de portas fechadas, conforme determinação das autoridades de saúde. O primeiro local que retornou ao funcionamento foi o Vila Galé Marés, situado na praia de Guarajuba.

Nas redes sociais, o Vila Galé fez uma publicação, onde afirma ser “o primeiro hotel do grupo a reabrir as suas portas no Brasil“. O local também assegura que a reabertura segue “novas normas de higiene e segurança”.

“O Vila Galé Marés é o primeiro hotel do grupo a reabrir as suas portas no Brasil! Voltamos com novas normas de higiene e segurança, seguindo todas a orientações das Autoridades Competentes e do Ministério do Turismo que atribuiu o selo de “Turismo Responsável, Limpo e Seguro” à nossa unidade”, escreveu o hotel no post.

Sobre o protocolo de segurança, o estabelecimento destaca que a operação vai acontecer a partir de três princípios básicos: resguardar o distanciamento social, garantir o uso de equipamentos de proteção individual e reforçar as medidas de limpeza e desinfecção nas em todas as instalações.

No caso dos bares e restaurantes que ocupam o hotel, eles terão acesso controlado. Os elevadores e a piscina, vão ter capacidade reduzida e as recreações serão realizadas ao ar livre.

Reprodução / Redes Sociais

O que dizem as entidades e associações baianas

No entanto, apesar da novidade, a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) acredita que a ação faz parte de um “movimento tímido”. Eles ainda frisam que não é esperado um grande volume de clientes nessa retomada das operações, neste momento.

“Ainda é um movimento muito tímido, não se espera ainda muitas aberturas, volume, no mês de julho. Alguns hotéis estão voltando porque começam a ter demanda. […] Essa abertura vai estar ligada com a malha aérea ou própria pandemia em si. Não sabemos se teremos uma outra onda”, opinou Luciano Lopes, presidente ABIH.

“A gente vê com muita cautela. Cada hotel tem sua característica. A gente vê alguns hotéis abrindo, alguns com data marcada. Hotel fechado tem custo elevado. E abrir para gastar mais do que quando estava fechado não faz sentido. Todos empresários estão fazendo essa conta”, acrescentou.

O presidente da Federação Baiana de Alimentação e Hospedagem (FeBHA), Silvio Pessoa, destacou que determinados resorts baianos criaram e adotaram um cronograma de retorno. Ele enumerou alguns exemplos.

“Vila Galé retomou atividades ontem [quinta-feira, 18 d ejunho], Sauípe vai abrir com um hotel dia 17 de julho. O Grand Palladium vai abrir dia 30 de julho, Iberostar 3 de setembro. Tivoli dia 1º de setembro”, informa Silvio.

“Dos hotéis que estão abertos, essa taxa de ocupação é de 20% em Salvador. É muito aquém do que a gente estava acostumado. Nessa época, seria de 55% a 60% de ocupação. Como julho é um mês de férias na região sudeste, começa a ter alguma demanda, e o número de voos em Salvador já aumentou. Em julho vai para 20% da sua capacidade. Essa curva de retomada agora que se inicia de julho e até setembro, outubro, é com boa parte dos hotéis funcionando”, complementou Pessoa.

Ademais, segundo Silvio, parte desses estabelecimentos ainda aguarda definição de um plano econômico por parte Governo do Estado da Bahia.

“Em Salvador, 75% deles [hotéis] estavam planejando reabrir no início de julho, mas o governo do estado não lança datas da retomada das atividades econômicas. Mesmo as companhias começando a vir, não temos segurança para reabrir os hotéis. Muitos estão pensando na data correta para reabrir. Uma parte para abrir dia 1º de julho”, pontuou.

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