Após uma manifestação que aconteceu no final da manhã desta terça-feira (12), na frente da prefeitura de Camaçari, servidores públicos do município, que estão em paralisação por 24 horas, irão sentar ainda nesta tarde, às 15h, para debater a proposta deles de reajuste de 15%, em comparação aos 6,41% oferecido pelo governo.

Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do município de Camaçari, Silval Cerqueira, a discussão desta tarde será em cima de como será o pagamento do reajuste e a equiparação de outras reivindicações ao que atualmente recebem os professores municipais. “O governo decidiu nos chamar para negociar e a ideia é que um acordo seja firmado sem a necessidade de um dissídio”, disse o sindicalista em entrevista ao Bahia No Ar.

Sobre a proposta de 6,41%, parcelado em duas vezes, oferecido pela prefeitura, que acompanha o índice da inflação (IPCA), Silval foi taxativo em falar que a categoria não tem interesse em aceitar parcelamento. “Nossa proposta é avançar o que pudermos sobre o percentual oferecido pela prefeitura, porém, em qualquer que seja o percentual alcançado, não aceitaremos o parcelamento no recebimento”, afirmou. “Queremos o pagamento integral retroativo a janeiro deste ano”, completou.

Ouvido pelo Bahia No Ar, o secretário de Relações Institucionais da Prefeitura, Demétrios Moura, afirmou que não seria possível equiparar o percentual de reajuste de todos os servidores ao que foi concedido aos professores – que segundo ele foi de 10,61% – mas que, “diferente de muitos municípios, Camaçari se propõe a pagar o reajuste de ganho real em cima do índice de inflação”.

Demétrius destacou ainda que o governo avalia equiparar outras reivindicações feitas pelos servidores, como os auxílios transporte e alimentação. “Existe uma lei que rege o piso dos professores que faz com que as discussões sobre o reajuste da categoria seja discutido separadamente de outras áreas, mas vamos discutir a possibilidade de equiparar o auxílio-transporte e alimentação”, disse.

Sobre a forma como o pagamento do reajuste salarial, Demétrius não descartou a possibilidade de o pagamento ser feito de forma integral, como pede os servidores. “Vamos fazer as contas e ver se existe possibilidade do governo pagar o valor sem que haja parcelamento”, explicou.

Por Joaquim Castro