Nos últimos dias casos de incêndios pelo país têm deixado a população e as autoridades governamentais em alerta, quanto a necessidade de cuidados extras e políticas que garantam a segurança de patrimônios históricos. Os casos mais recentes foram os incêndios no Museu Nacional no Rio de Janeiro e em um prédio na Baixa dos Sapateiros, no centro histórico de Salvador.

Em novembro de 2016, uma farmácia localizada no centro de Camaçari, pegou fogo e vitimou fatalmente 10 pessoas, além de deixar outras 13 feridas. O grave incêndio alertou as autoridades da época sobre os riscos e a necessidade de uma fiscalização mais dura sobre as condições de trabalho e dos prédios do município. Um outro alerta é a falta de hidrantes no centro da cidade. Vale lembrar que o equipamento é uma peça chave para combater incêndios de forma mais rápida.

10 pessoas morreram e 13 ficaram feridas no incêndio da fármacia Pague Menos em 2016.

Segundo informações de Ivanaldo Soares, Coordenador da Defesa Civil de Camaçari, a região do centro não possui hidrantes. O coordenador informou que, no caso de incêndios são utilizados carros-pipas. O município disponibiliza de três destes veículos; dois de 15 mil litros e um de oito mil.

O comandante do 10° Grupamento de Bombeiros Militar (GBM), o tenente-coronel, Lanusse de Araújo, informou que o trabalho da corporação é preventivo e orienta que as empresas se regularizem através da AVCB – que é um documento emitido pelo Corpo de Bombeiros, certificando que após a análise de projeto e conforme constatado em vistoria realizada pela corporação, a edificação possui as condições de segurança contra incêndio e pânico, previstas pela legislação estadual e normas técnicas.

O comandante do 10º GBM, Tenente-Coronel, Lanusse Araújo.

O comandante que conta com área de responsabilidade territorial da Região Metropolitana, tem feito fiscalização tanto em instituições públicas quanto privadas “buscando com que as entidades possam ter seus sistemas fixos que garanta a sua regularidade”, disse.

Para o tenente-coronel, a falta de hidrantes ou a pouca quantidade deste, prejudica no combate a incêndios, inclusive de grandes proporções, no entanto explicou que,  atualmente os bombeiros trabalham com um sistema de reabastecimento chamado ‘sistema pião’, onde no momento de emergências, solicita os carros pipas da Embasa e de instituições privadas.

Ele também orienta que as pessoas façam revisão elétrica nas residências; ao sair de casa desliguem os registros dos botijões de gás, evitem velas acesas próximas a tecidos e sempre que possível evitar deixar alguma fonte de calor próximo a materiais de fácil combustão, principalmente em estabelecimento comerciais. No caso de incêndio a população pode pedir ajuda através do número 193.

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