A fonoaudióloga Tamires de Sousa Reis foi às redes sociais no último domingo (21), para denunciar o ex-marido, empresário no ramo de academias, que estaria abusando sexualmente da filha do casal, de apenas 3 anos. Ambos vivem em Salvador e mantém guarda compartilhada e foi nestes momento com o pai, segundo ela, que a garota era violentada.
A decisão de expor o caso na internet veio após a informação de que o inquérito, que estaria sendo feito pelo Ministério Público (MP) após uma ocorrência registrada por Tamires, foi arquivado por “falta de provas concretas” e que a situação de dividir a guarda entre ela e o dono da Academia PS Tênis Executivo continuaria, mesmo com o possível perigo.
“Registrei o Boletim de Ocorrência na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes contra a Criança e o Adolescente (Dercca) em setembro de 2023. A polícia indiciou o suspeito, mas o MP arquivou a denúncia”, disse a fonoaudióloga ao portal Bnews.
A menina começou a apresentar sinais estranhos com 1 ano e 7 meses, pouco tempo depois da separação. De acordo com a mãe, ela chorava bastante após voltar da casa do empresário, “fez barreira de travesseiros, dobrou as pernas e cobriu o rosto. Não deixava eu tirar a fralda de jeito nenhum. Vi que as regiões íntimas estavam avermelhadas”, contou.
A partir de então, vários outros sinais de que a menor estaria sendo violentada apareceram, sempre quando voltava da casa do pai, a exemplo de inquietação, estresse e agressividade na escola, principalmente ao se tratar de colegas do sexo masculino.
Em resposta à reportagem do Bnews, a defesa do acusado disse que a série de denúncias feita por Tamires “são falsas, descabidas, sem nenhum fundamento” e afirma que buscará processar a ex-esposa pelo ato de difamação pública.
“A ação penal contra Paulo foi arquivada a pedido do Ministério Público, que alegou total ausência de provas, decisão confirmada pelo magistrado responsável pela sentença. […] Registramos que a difamação de que Paulo está sendo vítima começou após este ter tornado público um novo relacionamento. […] No mais, só lhe resta o caminho de qualquer cidadão que sofre uma destruição de reputação descabida como essa, buscar reparação na Justiça”, diz o comunicado.