Por meio das redes sociais, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou nesta quarta-feira (10) que, entre os dias 20 e 30 de junho, o Ministério da Educação (MEC) deverá abrir a enquete com os inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para a definição da nova data da avaliação.

A informação, inclusive, foi confirmada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), entidade responsável pela elaboração e fiscalização do exame.

No Twitter, Weintraub garantiu que os candidatos poderão escolher três datas possíveis: entre elas, na prova impressa, duas são para aplicação em 2021, o que indica a possibilidade de a prova ficar para o ano que vem.

Reprodução / Twitter

Nas opções da enquete aparecem:

Enem impresso: 1° opção – 6 e 13 de dezembro de 2020; 2° opção – 10 e 17 de janeiro de 2021; 3° opção – 2 e 9 de maio de 2021.

Enem digital: 1° opção – 10 e 17 de janeiro de 2021; 2° opção – 24 e 31 de janeiro de 2021; e 3° opção – 16 e 23 de maio de 2021.

A nota do Enem é usada como forma de acesso a diversas universidades públicas, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), e também é aceita em algumas universidades privadas.

Outras informações

Segundo pontuou o Inep, em nota, entre 20 e 30 de junho os inscritos deverão acessar a Página do Participante (enem.inep.gov.br), com CPF e senha utilizados no cadastro do portal único do governo federal, o gov.br, e indicar um dos períodos acima.

“A iniciativa é importante para dar oportunidade aos interessados de sugerirem o melhor período para a realização das provas e garantir transparência”, garante o Inep.

Nesta edição, o Inep também fará provas em computadores para aqueles que escolheram esta opção no momento da inscrição. A medida faz parte de um projeto-piloto que pretende tornar o Enem totalmente digital até 2026.

A prova estava marcada inicialmente para novembro, mas foi suspensa devido ao novo coronavírus (Covid-19), que resultou em escolas fechadas nos estados brasileiros.  A medida de suspender a data do Enem ocorreu depois que o governo federal enfrentou questionamentos judicias cobrando o adiamento por causa dos efeitos da pandemia.

O debate sobre o adiamento da prova chegou ao Congresso: o Senado aprovou projeto que adiava o Enem, e o texto seguiu para avaliação da Câmara dos Deputados. Para não perder o embate político, o MEC suspendeu a data antes que o tema chegasse à Câmara.

De acordo com o governo, em 2020, 6,1 milhões de pessoas se inscreveram no Enem. Destas, 4,8 milhões são de participantes que não precisaram pagar a taxa porque obtiveram isenção.

Ademais, o Inep informa ainda que já confirmou 5,7 milhões de inscritos (o prazo para pagamento da inscrição foi prorrogado e vence nesta quarta-feira). Sem isso, a inscrição não é confirmada.

Ano passado, o Inep registrou 6,38 milhões de inscritos no Enem daquele ano.

Risco de adiamento do da edição do exame de 2021

O MEC encaminhou um ofício ao Ministério da Economia, no dia 4 de maio, onde o conteúdo alertava que o Enem 2021 poderia ser suspenso, devido à falta de recursos. Segundo o texto, assinado por Weintraub, os limites disponibilizados para despesas discricionárias (que não são obrigatórias e incluem os custeios de políticas educacionais) foram estabelecidos na ordem de R$ 18.780,1 bilhões para o próximo ano. Já para este ano, foram programados R$ 22.967,8 bilhões.

Ainda no ofício, o MEC afirma que, caso os R$ 18 milhões sejam mantidos no Projeto de Lei Orçamentária de 2021, “deixarão sem cobertura orçamentária diversas demandas essenciais à área da educação, com repercussões negativas em toda a sociedade, além de comprometer o alcance de metas relevantes para as políticas educacionais do Governo”.

Entre essas demandas, segundo o documento, estão: a execução do Enem 2021, além de um possível fechamento de cursos, campi e até instituições

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