Foi confirmada nesta quinta-feira (22), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) a nomeação do general da reserva Carlos Roberto Pinto de Souza para a Diretoria de Avaliação da Educação Básica (Daeb) – órgão responsável pela coordenação e elaboração do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Carlos Roberto Ponto de Souza não possui formação na área de avaliação escolar. Ele é doutor em altos estudos militares pela Escola de Comando e Estado Maior do Exército, no Rio de Janeiro, e mestre em estratégia pelo Command and General Staff College, no Kansas (EUA). Até então, trabalhava como assessor no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

Entre as experiências anteriores, constam a prestação de serviço como servidor público no campo da Defesa: foi instrutor no Exército, chefe do Centro de Defesa Cibernética e comandante do Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército. As informações são do G1.

Troca

No início de 2019, a nomeação de Murilo Resende Ferreira para a Daeb chegou a ser publicada na edição de 16 de janeiro do “Diário Oficial da União” (DOU) – mas ele nem chegou a assumir o cargo. A determinação foi revogada dois dias depois.

Apenas em 14 de fevereiro, Paulo César Teixeira ocupou o posto. Ele permaneceu pouco mais de um mês na diretoria, até pedir para ser exonerado em 27 de março. Sua decisão foi tomada logo após a queda do presidente do Inep, Marcus Vinicius Rodrigues.

O cargo ficou vago até meados de abril, quando Francisco Vieira Garonce foi nomeado para a Daeb. Ele também deixou a função, em 6 de maio.

Em portaria publicada no DOU no dia 31 de maio, foi anunciado que Camilo Mussi seria o substituto eventual. Ele permaneceu na Daeb até a confirmação oficial de Souza como novo diretor ser publicada.

De acordo com o Inep, a troca de cargos e a nomeação de um diretor da Daeb a pouco mais de 2 meses do Enem não coloca a organização da prova em risco.

Sobre o Enem

O Enem é realizado pelo Inep, uma autarquia do Ministério da Educação, desde 1998. Em 2009, ele se transformou em um exame para ser usado como acesso ao ensino superior. Mas usa uma metodologia diferente dos vestibulares tradicionais e, por isso, as questões não são todas elaboradas por uma mesma equipe: são retiradas de um banco de itens com milhares de questões.

Todos os anos, um grupo menor do Inep, formado por servidores da Daeb, seleciona as perguntas para elaborar três versões diferentes da prova. Duas delas são aplicadas anualmente: a primeira aplicação regular é aplicada em dois domingos seguidos, geralmente no início de novembro.

Uma segunda é aplicada algumas semanas depois para pessoas privadas de liberdade (Enem PPL), e uma terceira fica como “reserva”, para o caso de algum imprevisto.

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