Cenas como esta são comuns nos rios de Lauro de Freitas. Lixos e dejetos são despejados nos córregos que banham a cidade, transformando a paisagem num amontoado de poluição.

No início do mês deste mês a Embasa informou que as obras do Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) de Lauro de Freitas devem ser retomadas a partir do segundo semestre deste ano. A ação foi interrompida após O consórcio encarregado das obras ser dispensado pela Embasa no ano passado porque, o andamento da empreitada não atendia ao contratado. Uma nova licitação já está em andamento.

Apesar de a maioria da população da cidade ainda optar pela utilização de fossas sanitárias as tubulações clandestinas com lançamentos de esgoto in natura são grandes desafios a serem enfrentados. De acordo com a lei federal número 9.605, lançar esgoto não tratado em cursos d’água constitui crime ambiental punido com até cinco anos de prisão.

A prefeitura informou que, após o incidente ocorrido em Buraquinho em que milhares de peixes apareceram mortos as margens do rio, vários moradores já foram notificados pela prefeitura para parar de lançar esgoto, no trecho de Buraquinho e em Ipitanga.

A obra do SES de Lauro de Freitas, que vai ampliar de 9% para 95% a cobertura do município, foi iniciada em 2010 e interrompida logo depois para uma correção do projeto. Em junho de 2011 a Embasa anunciou o reinício das obras, que tinham conclusão programada para este ano.

Está prevista a implantação de 287 quilômetros de rede coletora de esgoto, 25 estações elevatórias (bombas), 33 quilômetros de linha de recalque (ligação da rede ao interceptor da Paralela) e 40 mil ligações domiciliares. Só o duto de Lauro de Freitas ao emissário de Jaguaribe vai custar R$ 102 milhões. A rede local, orçada em R$ 68 milhões, foi projetada para atender mais de 300 mil habitantes – cenário previsto para 2030. Inseridos no pacote do PAC Saneamento, os recursos são do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e da Embasa.

Redação RMS Notícias com informações Vilas Magazine