Em toda a Espanha já são 40 mil infectados e mais de 2.500 mortos. O confinamento segundo Carlos Hevia Lozano, 49 anos, “é bastante ruim. Você tem a TV, você tem a internet, você tem livros, mas todo dia, termina ficando muito cansativo”.

Atualmente Carlos só escuta notícias de fontes oficiais, como ministérios e secretarias.

Em sua cidade, Gijón ─ que é a comunidade autônoma de Astúrias ─ há menos infectados por Covid-19 em todo o país.

Nesta cidade, portuária, estão sendo construídos hospitais de campanha. Já sobre a situação da estrutura de saúde no país e sobre o fim do confinamento, não há previsão, segundo Carlos:

“O nosso sistema de saúde, que é provavelmente dos mais poderosos do mundo, dos mais fortes, não tá conseguindo absorver a quantidade enorme de infectados tão rápido. O verdadeiro problema desta pandemia, que é a infecção, é que é extraordinariamente rápida, e os sistemas de saúde não conseguem absorver toda a problemática que isso supõe. Aproximadamente 30 por cento das pessoas infectadas terminam nas unidades de cuidados intensivos, nos hospitais. Mas essas unidades que precisam de respiradores automáticos, precisam de toda uma série de maquinários, são limitadas, estão calculadas para epidemias habituais na Espanha, que se consiga absorver o fluxo de pessoas que ficam enfermas. Mas isso (Covid-19) foi tão rápido, que não estão conseguindo e estão fazendo hospitais de campanha. O governo anunciou inicialmente 15 dias de confinamento, mas já falou em mais 15 dias. E mesmo depois do isolamento, ainda assim vai demorar à voltar à vida normal”.

*Matéria exclusiva para o Bahia No Ar

Foto: Carlos Lozano

Carlos Lozano

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