A fim de enfrentar a redução da presença da Petrobras no Nordeste e pressionar para que a estatal retome os investimentos, os governadores dos estados da região nordestina do país deram início a uma ação coordenada.

Segundo informações da Folha, os nove gestores do Nordeste manifestaram bastante preocupação com a venda e arrendamento de ativos da estatal. Eles também destacaram que a Petrobras tem um alto impacto na geração de emprego e renda.

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), disse: “Estamos extremamente preocupados com o que já foi feito e com o que ameaçam fazer. Nos parece uma completa venda e fechamento de ativos da Petrobras na nossa região”.

O Congresso Nacional, principal frente de atuação das autoridades nordestinas, é onde tramitam projetos de lei que condicionam a venda de ativos estratégicos da Petrobras à autorização do Senado e da Câmara dos Deputados. Caso uma lei desse tipo seja aprovada, as consequências podem ser o travamento da venda de ativos na região.

Para os governadores, além da bancada de oposição ao presidente Jair Bolsonaro, a pauta pode atrair votos de deputados e senadores governistas em estados nos quais a Petrobras pretende vender seus ativos.

No entanto, a estatal alega que a venda de ativos acontece em vários estados e não está concentrada no Nordeste. O processo é resultado do processo de desinvestimento e redução de gastos da empresa, ampliado nos últimos três anos.

O plano prevê repasse de 50% da capacidade de refino para empresas privadas. No Nordeste são três: Landulpho Alves (Bahia); Abreu e Lima (Pernambuco); e a fábrica de lubrificantes Lubnor (Ceará).

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