De acordo como os últimos dados do Escritório de Coordenação Humanitária da ONU (OCHA), desde janeiro já foram registadas 196 mortes em 11 regiões do país e mais de 7.900 pessoas foram afetadas pelo surto de cólera e por diarreias agudas provocadas pela consumação de água insalubre nas regiões do sul do País. A falta de água provocou um aumento do preço da água, com isso, as comunidades foram obrigadas a recorrer a fontes de água perigosas que aumentaram o risco de contrair doenças como a cólera e diarreia, na Somália.

A escassez de chuva no País provocou uma queda de 70% na produção de alimentos em algumas partes da Somália. Organismos internacionais temem que esta situação precipite o País numa crise de fome semelhante àquela que em 2011 levou à morte, por fome, no mesmo Pais, de 250 mil pessoas, mais de metade das quais menores de cinco anos.

O governador da região de Bay (sul), Abdirashid Abdullahi, explicou que a situação piora diariamente naquela região, onde o maior desafio é a restrição do acesso à ajuda humanitária, devido à presença do grupo somali Al Shabab, que controla amplas zonas do sul e centro do país.

Cerca de três milhões de somalis estarão em situação de emergência alimentar em junho de 2017 e a um passo da fome devido à intensa seca registada nos últimos meses, segundo a ONU.

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