O auditório da Câmara Municipal de Camaçari ficou lotado durante sessão realizada na manhã desta terça (08), em grande parte por grupos da sociedade civil organizada presentes no local para manifestar insatisfações específicas. Um grupo exigia mais oportunidades de emprego, enquanto representantes dos sindicatos dos servidores públicos e dos professores do município, ambos em estado de paralisação na cidade, reforçavam as demandas das respectivas classes. Entre estes, porém, havia um grupo menos contido, formado por estudantes das escolas municipais.

Exigindo o retorno das aulas, suspensas desde a última terça-feira (1°), o grupo de alunos interrompeu a sessão usando apitos e gritos de protesto. Brenda Vitória, de 15 anos, aluna da Escola Municipal Virgínia Reis Tude, impaciente com as incertezas em relação ao retorno dos professores às salas de aula, levantou no meio da sessão e, interrompendo a pauta dos vereadores, expôs seu ponto de vista para os edis. “Queremos que a Prefeitura atenda as exigências dos professores, para que voltemos a ter aulas. Estamos sendo prejudicados!”, exclamou.

A estudante Tauane Ramos, de 12 anos, compartilha dos mesmos sentimentos de Brenda. “Como fica o nosso ano letivo? Já é a segunda semana sem aulas. Pelo bem de todos os estudantes de Camaçari, essa situação tem que ser resolvida o mais rápido possível”, afirmou.

A manifestação parece ter surtido algum efeito, já que uma comissão se reuniu para falar com os estudantes e esclarecer qual pode ser a contribuição os vereadores neste caso. “Peço, ao presidente da Casa, permissão para que uma comissão permaneça após a sessão para atender os estudantes”, disse o vereador Júnior Borges (DEM), reagindo aos apelos de Brenda.

Na quinta-feira (10), às 9h, os professores da rede municipal de ensino realizam uma nova assembleia para decidir se a paralisação continua ou se retornam para as escolas.

 

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