O medicamento antiviral experimental Remdesivir melhora o tempo de recuperação de pacientes infectados pelo novo coronavírus (Covid-19) que estão hospitalizados e com contaminação do trato respiratório inferior, pelo menos foi o que apontou um estudo publicado na sexta-feira (22), pelo ‘The New England Journal of Medicine’.

A pesquisa, que é  patrocinada pelo Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID) dos EUA, envolveu cerca de 1.063 pacientes, de 10 países. Essas pessoas consentiram em participar dos testes e rceberam doses do medicamento ou um placebo.

Os resultados preliminares mostraram que, entre os que se recuperaram, estão aqueles pacientes que tomaram o Remdesivir e o fizeram em um prazo médio de 11 dias, comparados com os 15 dias necessários para os que receberam placebo.

Os pacientes tiveram acompanhamento, diário, durante todo o tratamento. Foi utilizado na avaliação uma escala com oito pontos, que variava da recuperação total ao possível óbito. Os que tiveram o diagnóstico de recuperação da doença foram aqueles que tiveram alta hospitalar ou foram avaliados pelos médicos como estando em condições físicas de deixar as unidades de saúde.

Ademais, o estudo também identificou que existiu uma taxa de mortalidade menor entre o grupo que recebeu o Remdesivir. Porém, os pesquisadores garantem que ela não é, estatisticamente, significativa. Em um prazo de 14 dias, foi de 7,1% entre os que tomaram a substância, contra 11,9% entre os que não tomaram.

No fechamento do estudo é ressaltado o apoio do uso do medicamento como terapia padrão para pacientes hospitalizados com Covid-19, e que necessitam de oxigenoterapia suplementar, conforme explica os autores.

No entanto, o texto frisa que essa taxa de mortalidade de 7,1% em 14 dias indica uma necessidade de avaliar a associação a antivirais como outros agentes terapêuticos.

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