Um estudo do “Atlas Temático: Observatório das Migrações em São Paulo e Observatório das Migrações no Estado do Ceará – Migrações Internacionais na Região Nordeste”, revelou que o estado da Bahia concentra a maior parte dos imigrantes internacionais registrados que chegaram ao Nordeste brasileiro entre 2000 e 2017. Dos 117,9 mil estrangeiros que vieram morar na região nesse período, 36,2 mil se instalaram na Bahia. Em segundo lugar, vem o Ceará, com a presença de 26,4 mil.

O estudo é produzido pelo Núcleo de Estudos de População Elza Berquó (Nepo), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com apoio do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), e o levantamento completo será apresentado ao público nesta quarta-feira (28), na Universidade Salvador (UNIFACS), no Campus Tancredo Neves.

Durante o período analisado pelo estudo, o Brasil recebeu 1,1 milhão de imigrantes estrangeiros. O Nordeste é a região com a terceira maior concentração de fluxo migratório e atraiu, principalmente, imigrantes vindos de países europeus, que correspondem à quase metade dos países de origem analisados, com um total de 52,5 mil pessoas; destes 72% são do sexo masculino.

O Atlas Temático também apontou que, entre 1994 e 2019, o Comitê Nacional para Refugiados (Conare) do Ministério da Justiça recebeu cerca de 178 mil solicitações de refúgio. No mesmo período, 1.639 solicitações foram oriundas do Nordeste, sendo 894 do Ceará e 232 da Bahia.

Os países que lideram os pedidos para a região, segundo o documento, são a Venezuela e Cuba.

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