“Eu perdi uma parte de mim”, diz mãe de menina morta em tiroteio no IAPI

Foto: Reprodução / Record Bahia. Filho mais velho viu quando a irmã foi atingida

A mãe da menina Daiane Ramos dos Santos, de 9 anos, morta em um tiroteio no bairro do IAPI pede por Justiça. Ivonete Ramos participou do programa Bahia no Ar desta segunda-feira (17) e, muito emocionada, falou sobre o crime que abalou toda a família. Segundo a mulher, ela estava trabalhando quando soube que a filha tinha sido baleada na noite de sexta-feira (14).

— Eu perdi uma parte de mim (…) Perdi minha razão de viver.

Ivonete disse que tentava evitar deixar os filhos sozinhos em casa e quando não tinha aula, ou nos sábados, costumava levar a criança para vender com ela no ônibus. No dia do crime, a mãe tinha deixado os filhos com uma vizinha. O filho mais velho, de 10 anos, presenciou a irmã ser baleada e ainda segurou a menina nos braços.

A mulher pede Justiça e diz que quer ver os criminosos na cadeias.

— Eu quero ver a verdade, que quero ver eles todos atrás das grades, apesar de que vão comer as minhas custas, mas vou ficar feliz e a Justiça seja feito. Se eu tivesse dinheiro num instante eles estariam atrás das grades, mas como eu não tenho, agora, ao invés deles se esconderem de mim, eu estou me escondendo deles, estou me expondo, meu filho está se expondo, o pai dos meus filhos está se expondo.

Crime

A menina foi baleada na cabeça, na noite de sexta-feira (14), durante um tiroteio entre traficantes das localidades do Brongo, Floresta e “Milho”, ambas no IAPI. O crime aconteceu por volta das 18h.

Gravemente ferida, a menina ainda foi socorrida Hospital Ernesto Simões. Segundo a 37ª CIPM (Companhia Independente de Polícia Militar da Liberdade), a menina ainda foi submetida a uma cirurgia, mas acabou morrendo por volta das 21h.

De acordo com a Centel (Central de Polícia), sete criminosos de quadrilhas rivais deram início ao tiroteio. A autoria dos disparos é atribuída a bandidos identificados como “Xarro”, “João Carlos”, “Alexadre Kate”, “Júnior” e “Pequeno”. O caso será investigado pela 2ª DT (Delegacia Territorial da Liberdade).

*R7