“Eu quero o Ramagem lá. É uma ingerência, né? Vamos fazer tudo para o Ramagem. Se não for, vai chegar a hora dele, e vamos colocar outra pessoa”, a declaração é do presidente Jair Bolsonaro e foi feita nesta quarta-feira (29), na porta do Palácio da Alvorada. O mandatário afirmou que irá recorrer da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e pretende voltar a nomear Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal (PF).

Horas antes, atendendo a decisão do ministro, Bolsonaro tornou a nomeação de Alexandre Ramagem sem efeito.

A Advocacia-Geral da União (AGU) também chegou a divulgar um comunicado oficial destacando que não recorreria da decisão de Moraes, o que torna a nomeação de Ramagem derrubada em definitivo, e, com isso, o governo teria que procurar um novo nome para assumir o cargo.

Durante o pronunciamento, Bolsonaro foi perguntado sobre a nota AGU. Ele  assegurou que recorrer é um “dever do órgão”, e acrescentou: “Quem manda sou eu”.

Caso a  AGU decida recorrer, o caso deve ser levado à análise dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que tem se reunido em sessões por videoconferência desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O órgão está realizando votações com prioridade a respeito de temas ligados à doença. No caso de outros assuntos levados a julgamento virtual, os ministros depositam seus respectivos votos no sistema eletrônico sem o debate em plenário.

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