O participante do Big Brother Brasil (BBB) 24, Matteus Amaral, está envolvido em uma polêmica que estourou nos últimos dias. O gaúcho utilizou cotas raciais para entrar na faculdade de engenharia agrônoma, se declarando como uma pessoa negra. Por isso, acabou sendo denunciado por fraude e falsidade ideológica, nesta sexta-feira (14), no Ministério Público.

O caso aconteceu em 2014, no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFAR). De acordo com análises feitas em documentos oficiais publicados pela instituição, o vice campeão do reality global teria utilizado da política pública para benefício próprio.

A informação foi confirmada pela própria IFFAR e alegou que isso aconteceu porque, de acordo com a Lei de Cotas de 2012, bastava ele se autodeclarar como preto para que assim pudesse ser inscrito no curso, caso fosse aprovado de acordo com vagas disponíveis. Agora, é necessário passar por testes e por uma banca específica, que determina se a pessoa é de fato condizente aos requisitos das cotas raciais.

Por conta disso, o influenciador Antonio Isuperio, ativista que trabalha em uma instituição internacional de Direitos Humanos, realizou a denúncia junto ao Ministério Público. No documento, é pedido a abertura de inquérito contra Matteus, pois sua atitude seria configurada como criminosa, já que é evidente que a sua etnia não condiz com a comunidade negra ou indígena.

“Que o indivíduo responda pelo crime de falsidade ideologia para adentrar a Universidade. A Faculdade e o Indivíduo devem ser responsabilizados. A Faculdade deve ser responsabilizada pela negligência e o indivíduo pelo crime de falsidade Ideológica”, afirma a solicitação feita.

Após a divulgação do fato, o ex-BBB fez uma declaração pública. Em nota divulgada nas redes sociais, ele diz que a inscrição foi feita por outra pessoa, que errou no formulário, escolhendo “preta” como etnia e, em seguida, pediu desculpas.

“Entendo a importância fundamental das políticas de cotas no Brasil. Por isso, lamento profundamente qualquer impressão de que eu teria buscado beneficiar-me indevidamente dessa política, o que nunca foi minha intenção”, ressalta.

Vale destacar que as cotas raciais tem como objetivo ofertar a negros e indígenas a oportunidade de ingressar no nível superior. Há também a cota social, que visa dar espaço àqueles que são de baixa renda, para que assim possam realizar graduação nas universidades.

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