O empresário Allan Jesus concedeu uma entrevista à TV Record neste domingo (10) em que mostrou documentos auditados de valores que seriam pagos a Iran Ferreira, o Luva de Pedreiro, a quem agenciava. As cifras ultrapassam os R$ 2 milhões.
“Tenho vivido dias de terror, estou andando com medo nas ruas, minha família, meus filhos. Eu nunca censurei, foi uma medida desesperada, porque eu vinha sendo ameaçado constantemente. E me coube naquele momento buscar ajuda”, disse. “Nunca roubei um real dele. Eu criei o projeto com ele, a gente trabalha junto há 4 meses, a gente desejou o sucesso, mas eu não ia colocar 15 anos de trabalho por 4 meses. A gente vai receber ainda [o dinheiro a receber previsto na auditoria], eu não recebi ainda. Vamos receber a partir de julho. São marcas globais, eu acho que a gente foi muito bem, somos uma marca muito forte no Brasil, mas ainda vamos receber”, disse ao programa Câmera Recordo.
Na última semana, o Roberto Cabrini, apresentador da atração, exibiria a entrevista que foi ao ar ontem com Luva de Pedreiro. Mas, por meio de uma liminar conseguida por Allan Jesus na Justiça, o repórter não pôde exibir o material previamente. Para mostrar a conversa, a Record conseguiu autorização judicial.
Na matéria, Iran afirmou que Allan o proibia de sair às ruas e jogar bola com amigos — Allan nega. Na sequência, o influenciador afirma que o ex-empresário se aproveitou da ingenuidade e que foi enganado por ele, algo novamente rechaçado pelo agente. “Novamente ataques contra mim, contra minha pessoa. Nunca aprisionei o Iran, como pode se ele estava na Bahia com a família dele. Ele sempre pôde fazer o que quis. Nunca mandei nada. O que existia eram orientações para uma pessoa pública. Nunca me aproveitei da ingenuidade dele”, comentou Allan.
Um dos pontos mais polêmicos da entrevista foi um áudio que Allan compartilhou, enviado ao pai de Iran, seu Vadinho. Nele, Allan diz que Luva e sua família ficarão “com metade de tudo”: “Tudo que a gente ganhar de dinheiro será repassado para vocês, a metade de tudo. Vocês não vão precisar gastar com nada, não vão prestar contas. Vou dizer para vocês o quando entrou e quanto saiu”.
Ao ser questionado sobre um trabalho de agenciamento que cobra 50% dos contratos, Allan negou que o valor seja superior ao que é praticado no mercado.
“Quando assinamos o contrato, estava eu, Iran, o pai dele e a mãe. O Iran pegou uma advogada um mês depois e em nenhum momento uma acusação foi colocada. Em todo o momento que a gente trabalhou junto, ele era feliz, eu garanto isso. A cunhada dele, uma das representantes, ela sabia de tudo. o Iran não tinha ligação próxima com a família, depois que a família participou mais. Eu concordo, eu falei com a irmã sobre o tempo antes de assinar, porcentagens, falei com o pai, valores, prestação de conta, investimento. Ele tinha noção de tudo, defendeu-se.