Ex-membro do Partido dos Trabalhadores (PT), Cléber Alves avalia a saída de Jackson Josué (Podemos) da sigla como uma atitude bem diferente da tomada por ele, anos atrás. O ex-vereador de Camaçari, que preside o Cidadania na cidade, declarou em entrevista ao Bahia No Ar que a decisão do colega não foi nobre e pode se tratar de oportunismo, já que, em sua opinião, o PT não passa por um bom momento.

“Sair com o partido em desgraça, pra mim, não é nobre. Eu queria ver sair como eu sai, em alta, quando tudo era poder e eu não queria aquele poder”, afirmou, nesta terça-feira (20). A relação de Cléber com o partido de esquerda desandou em 2011, quando o PT tinha prefeito, governador e presidente no poder. Ele conta que havia secretarias, coordenadores e indicações à sua disposição, mas preferiu renunciar a tudo isso.

“Lembro que diziam que eu era o queridinho do prefeito e eu vi que eles eram menores do que eu e saí. Então eu fui nobre, eu fui homem, eu tive atitude. Talvez por isso eu sou o Cléber lembrado sempre”, destacou, ressaltando ainda que este era um cenário muito diferente do encontrado por Jackson quando optou por mudar de grupo político.

“Não gostei. Foi um movimento errado. Pra mim, foi um tiro no pé”, Cléber Alves completou ao comentar sobre a decisão do ex-parlamentar, dizendo que esta pode ter se tratado de um ato de covardia.

O político afirma que não sairia neste momento, em que o presidente da República se posiciona tão rigorosamente contra o partido e, no âmbito estadual, estão prestes a enfrentar ACM Neto na corrida eleitoral pelo governo da Bahia. Para o líder municipal do Cidadania, a melhor atitude seria lidar com os conflitos dentro do grupo político.

Jackson Josué vinha conversando com o Podemos desde janeiro, anunciando oficialmente sua desfiliação do Partido dos Trabalhadores no começo de julho. Na ocasião, ele agradeceu os que lhe recepcionaram e acolheram na sigla, garantindo que serão companheiros por toda a vida.

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