Uma mulher foi presa em flagrante após cometer um crime bárbaro no município de Camaçari, Região Metropolitana de Salvador (RMS). De acordo com informações da titular da Delegacia de Homicídios de Camaçari, delegada Maria Tereza, a acusada matou o próprio filho recém-nascido de forma cruel e violenta dentro do banheiro da Clínica Semed, localizada na Rua Francisco Drumond, centro da cidade.

O crime aconteceu no último domingo (04), quando a mulher, identificada como Marilene Santana das Neves, 22 anos, chegou à unidade médica reclamando de fortes dores, mas, negando, no entanto, seu estado de gestação. “Ela escondeu a gravidez da família por 9 meses e, na clínica, não declarou que estava grávida. Apenas pediu analgésico”, iniciou a delegada.

Assim que a dor aliviou, Marilene se dirigiu até o banheiro, onde deu a luz à criança. Logo em seguida, segundo o relato da delegada, ela teria tentado matar o bebê afogado na água do vaso sanitário. “Como a criança não morreu afogada, ela esganou, usou as mãos para matar o filho. Depois bateu no filho, porque o corpo da criança apresentava vários hematomas visíveis na região do tórax, no abdômen”, contou, explicando que baseia sua narrativa na declaração dos médicos e que o laudo cadavérico deve confirmar a versão.

Após a macabra sessão de tortura infligida ao recém-nascido, a mãe colocou o bebê em um saco preto, jogou no lixo e fugiu, mas a criança ainda estava viva. “A administração da clínica desconfiou da demora da paciente. Ao procurá-la no banheiro, viram muito sangue. Ao limparem o local, encontraram a criança ainda viva. Passaram a noite tentando reanimá-la, mas infelizmente ela veio a óbito no dia 5 [ontem] pela manhã”, contou a delegada, com tristeza na voz.

Ao tomar conhecimento deste crime brutal, equipe da Delegacia de Homicídios foi até o local e confirmou a situação. Marilene foi autuada em flagrante e está custodiada no Hospital Sagrada Família, em Salvador. “Ela foi levada para Salvador, porque aqui não tinha como fazer a curetagem, já que ela arrancou o cordão umbilical com as mãos”, explicou.

“Aguardamos que a decisão judicial seja favorável ao pedido de prisão preventiva, pois não se trata de crime cometido em estado puerperal, ela passou 9 meses programando a morte do filho”, comentou a titular.

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