A oficialização da renúncia da prefeita do município de Madre de Deus, Carmen Gandarela (PT), não aconteceu como era esperado. Aos que aguardavam a leitura do documento oficial pela própria petista, só restou o descontentamento.

As linhas que descreviam em texto precisamente resumido a saída da prefeita do comando da prefeitura da pequena cidade da Região Metropolitana foram lidas com cautela pelo secretário de Governo do município, Luiz Montal, em pouco mais de três minutos.

No documento, as justificativas que não eram muito claras para a decisão, se resumiam apenas a problemas ligados a razões estritamente pessoais, apesar de uma apuração feita pela reportagem do RMS Notícias ter levantado a informação de que a renúncia estaria relacionada a problemas de saúde. Palavras do próprio Luiz Montal, em entrevista a este site.

A renúncia de Gandarela causou uma repercussão negativa na alta cúpula do PT em nível de estado, que avalia como preocupante a situação do município já que o vice-prefeito, Jeferson Andrade, que assume a prefeitura a partir do dia 1º de abril – coincidência ou não, justo no Dia da Mentira – é do Partido Progressista.

Há quem afirme que a renúncia repentina de Gandarela seja uma estratégia planejada com antecedência, enquanto todos os olhos estavam obedientemente voltados apenas para a vitória que estava por vir. Mas, por enquanto, se tratam apenas de meras e apimentadas especulações que fazem do cenário político atual de Madre de Deus um prato singular e de sabor irreparável para o deleite do novo grupo que passa a controlar a máquina.