O comerciante Huxley Brune Teixeira, 20 anos, foi preso após um mês de investigação da 21ª Delegacia Territorial de São Francisco do Conde. Sobre ele pesa a acusação de praticar ações fraudulentas com o cartão coorporativo Good Card. O golpe aplicado com a ajuda do servidor público Rafael Antônio Farias da Silva, ainda foragido, ultrapassa os R$ 500 mil.
Segundo a prefeita da cidade, Rilza Valentim Huxley era proprietário de uma empresa de fachada para que os estelionatários fraudassem o uso do cartão coorporativo, disponibilizado para compras de servidores municipais em estabelecimentos conveniados à Prefeitura. “Nos percebemos que havia algo de errado desde setembro, quando contatamos a polícia que abriu o processo investigativo”, disse.
Ainda de acordo com a prefeita, o objetivo do cartão era fomentar a economia local, já que pelo menos 30% do salário dos servidores poderiam ser gastos nas lojas conveniadas de São Francisco do Conde. “Com este projeto conseguimos ampliar o comércio local. No centro tínhamos apenas uma farmácia depois do cartão são cinco. É um projeto maravilhoso, não tem despesa para o município, nem taxas para os servidores. As pessoas poderiam contar na hora de um sufoco. Gás, remédios tudo pode ser comprado, mas infelizmente pessoas usaram de má fé e atrapalharam este momento na cidade”, relatou.
Segundo informações da empresa Golden Card, operadora do cartão, Rafael conhecia as senhas para alteração do sistema do setor de pagamentos do município e da Golden Card. Por meio delas, aumentava o valor do limite do cartão e efetuava compras no estabelecimento de Huxley, cujos valores eram debitados na folha de pagamento dos servidores. Posteriormente, os limites eram reduzidos para os valores originais, correspondentes a 30% de cada servidor.
Rilza declarou que pretende retomar o projeto, já que a Prefeitura de São Francisco do Conde suspendeu o serviço ao perceber as distorções nos valores cobrados na folha de pessoal. “É algo muito bom para a cidade. Uma moeda especifica de São Francisco do Conde e com certeza retornará”, disse.
Huxley será indiciado por estelionato e permanecerá custodiado na carceragem da 21ª DT. Lásaro João do Amaral, pai de Huxley e também acusado de fazer parte do esquema, está foragido e terá a prisão preventiva solicitada à Justiça. A prisão preventiva de Rafael já foi decretada, enquanto a participação de outros envolvidos na fraude é investigada.
Por Giovanna Reyner